O que ficou mais caro e mais barato neste ano para a Ceia de Natal

Veja dicas para economizar nas comemorações.

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Grandes estrelas do jantar especial e do almoço nos dias 24 e 25, as carnes não serão as maiores vilãs deste ano.

O Natal deste ano não reserva grandes surpresas aos bolsos dos consumidores. A inflação dos alimentos que vão para a mesa é calculada, de dezembro do ano passado a novembro deste ano, em 4,48%. A alta média, de acordo com André Braz, responsável pelo levantamento do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getulio Vargas (FGV), ficou abaixo da esperada para o ano e deve animar o consumidor. Este ainda pode planejar suas compras considerando os produtos que baratearam mais — as quedas chegam a 23% — e racionando os itens que encareceram — os aumentos chegam a 30%. Por isso, o EXTRA traz abaixo algumas variações.

Os alimentos subiram menos neste ano, contrariando muitas previsões e situações como as guerras no mundo. Então, se as famílias de baixa renda, principalmente, gastam boa parte de sua renda com a compra de alimentos, e estes subiram menos que a inflação, que orienta a própria correção de salários, significa que vão caber mais produtos no carrinho. Não quer dizer que os consumidores vão colocar muito mais nas suas cestas, mas ter um pouquinho mais de conforto do que nos últimos anos.

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Grandes estrelas do jantar especial e do almoço nos dias 24 e 25, as carnes não serão as maiores vilãs deste ano. Os preços das carnes suínas se mantiveram estáveis. E para quem precisar cortar custos, o frango deve ser uma boa opção — já que, além de tradicionalmente mais barato, o preço caiu 14% neste ano. O frango é muito influenciado pelo preço das rações, e a principal é o milho, que caiu de preço pois a safra foi muito boa. O bacalhau, por outro lado, subiu 8%, e faz parte da tradição de muitas famílias.

No caso dela, se for preciso cortar custos, uma saída pode ser a substituição por peixes similares, que costumam até ser vendidos com o mesmo nome no Brasil, orienta Braz. Os comerciantes do Cadeg acrescentam que, para uma salada, ao invés da posta, podem ser compradas lascas, que são mais baratas.

O arroz no Brasil ficou 21% mais caro em um ano, devido a uma diminuição da venda da Índia para o exterior. Por isso, apostar em outros complementos no jantar pode evitar sustos na comparação da conta de 2022 para 2023.

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Para todos os bolsos

Presidente da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), Fábio Queiroz avalia que a prioridade no orçamento para as comemorações ao redor da mesa natalina é alta. Por isso, é importante os mercadistas terem opções para contemplar todos os bolsos interessados em garantir a ceia.

Além dos itens sazonais, compõe as cestas dos clientes nos mercados para o Natal itens como bebidas (30%), frutas secas (15%), hortifruti (15%) e sobremesas (10%).

Fora dos mercados, mas dentro do orçamento de Elen para o Natal, entra a compra de presentes. Esses variaram pouco. Junto aos alimentos, presentes em geral (eletrodomésticos, itens de vestuário, livros, brinquedos etc.) registram uma inflação de 1,95%, em um ano.

Como está o movimento?

No Cadeg, mercado municipal do Rio, a percepção dos vendedores sobre as compras varia, por enquanto.

No Mix Nordestino, que vende frutas secas e nozes para as ceias, a percepção é de vendas ainda 10% menores em novembro, em relação ao ano passado. E a esperança é de que dezembro gere mais movimento. No Empório Gourmet Show, que tem bacalhau, vinhos e azeites, a meta de novembro foi batida uma semana antes do prazo, diz a gerente Verônica Baptista:

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— O fluxo de clientes aqui está menor, mas tem muitos comprando por delivery. O saldo final é de crescimento de 12% a 15% nas vendas.

A possibilidade de comprar à distância também vai ser um atrativo dos mercados para o consumidor, aponta o presidente da Asserj, que acredita em aumento de 10% nas vendas das lojas neste Natal, em comparação com o de 2022.

— Os itens sazonais estão se apresentando com um aumento médio de 6% no preço. Mesmo assim, avaliamos que esse fator não será impeditivo para as famílias preparem sua Ceia de Natal com tranquilidade em 2023, uma vez que os demais produtos estão mais baratos, a exemplo do preço da cesta básica, que teve quedas consecutivas nos últimos meses — diz.

Inflação dos alimentos

De dezembro de 2022 a novembro de 2023, segundo o Ibre/FGV:

  • Arroz: 20,65%
  • Batata-inglesa: -16,37%
  • Cebola: -23,24%
  • Tomate: 22,47%
  • Abacaxi: 12,59%
  • Melão: 2,26¨%
  • Uva: 1,55%
  • Bolo pronto: 3,77%
  • Frango inteiro: -13,68%
  • Lombo suíno: 0,06%
  • Pernil suíno: -1,40%
  • Bacalhau: 8,28%
  • Azeite: 29,83%
  • Maionese: 7,98%
  • Refrigerantes e água mineral: 7,54%
  • Sucos de fruta: 5,74%
  • Cerveja: 7,68%
  • Vinho: 2,11%
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Veja a seguir, dicas para economizar

  • Adaptar o orçamento à realidade da família

É preciso adaptar a ceia à realidade de cada família, para ninguém sair do Natal endividado. Trocar as nozes, amêndoas e avelãs por frutas da estação, por exemplo, pode ajudar a economizar. No caso do peru de Natal, a tradição pode ter um substituto à altura, como o tradicional frango.

  • Escolher os nacionais

Como o dólar continua alto, o ideal é apostar nos vinhos nacionais, que têm preços melhores, comprando sempre com antecedência, para aproveitar promoções nos mercados.

  • Ter uma lista em mãos

Antes de ir às compras, o dever de casa é listar. Se tem R$ 200 e quer presentear 20 pessoas, é preciso saber que o teto de gastos para cada uma delas será de R$ 10. Nessas horas, a criatividade precisa ser usada.

  • Pesquisar preços

Lojas físicas e virtuais costumam ter promoções diferentes. No entanto, no caso da loja on-line, o consumidor deve ficar atento a fatores como: a veracidade do site; os comentários das pessoas que já compraram e receberam; o prazo de entrega; e as políticas de devolução, que podem mudar de loja para loja.

Fonte EXTRA

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