Centro de educação ambiental em Cabo Frio é aberto por Projeto Albatroz

Inauguração será neste domingo, 24 de setembro.

Foto: Projeto Albatroz/Divulgação

Neste domingo, 24 de setembro, o Projeto Albatroz inaugura o seu primeiro Centro de Visitação e Educação Ambiental Marinha, em Cabo Frio, na Região dos Lagos do estado do Rio de Janeiro, que ficará aberto gratuitamente de quinta-feira a domingo, das 11h às 18h, para os moradores das comunidades do entorno. Para turistas, será cobrada taxa de R$ 15.

A festa de inauguração será de 13h às 18h, aberta ao público, em especial as comunidades do entorno, informou à Agência Brasil a fundadora e coordenadora geral do Projeto Albatroz, Tatiana Neves. O evento contará com participação de artistas e expositores locais, atividades de educação ambiental e concerto da Orquestra Petrobras Sinfônica.

“A ideia é que o centro seja a casa das comunidades do entorno e que as pessoas se sintam apropriadas pelo processo”, disse Tatiana.

Os moradores serão cadastrados para ter acesso gratuito ao Centro de Visitação. O Projeto Albatroz vai dar acesso gratuito para estudantes das escolas públicas municipais, que já recebem o Programa Albatroz nas Escolas, em parceria com as secretarias municipais de Educação. “A gente vai trazer as crianças para dentro do centro também. A nossa premissa básica é dar oportunidade de conhecimento para as crianças que, muitas vezes, não têm”, explicou.

Estrutura

Com área útil de mais de 18 mil metros quadrados, o Centro de Educação Ambiental Marinha, do Projeto Albatroz, está situado ao lado do Parque Ecológico Municipal Dormitório das Garças e da Lagoa de Araruama.

Foto: Projeto Albatroz/Divulgação

A ossada da baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae) foi doada ao Projeto Albatroz pelo Instituto Orca, especializado no resgate e manejo de cetáceos. Todas as etapas de limpeza, restauração, montagem e finalização foram feitas pelo biólogo especialista em osteomontagem Antônio Carlos Amâncio. Parceiro de longa data do Projeto Albatroz, o artista plástico Alexandre Huber foi responsável pela criação de painéis especiais para as paredes do centro de visitação, que destacam as características marcantes dessas aves e ajudam a aproximá-las do público.

Projeto

O Projeto Albatroz nasceu em Santos (SP) e desde 1990 trabalha pela conservação das espécies de albatrozes e petréis que se alimentam em águas brasileiras. O projeto é patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, desde 2006, e mantém uma base avançada de pesquisa na Universidade Veiga de Almeida (UVA), no campus de Cabo Frio, desde 2014, que possibilitou a ampliação das pesquisas no Porto de Cabo Frio, que é rota de diversas embarcações de pesca de espinhel com a qual os albatrozes e petréis interagem e pela qual são capturados.

O projeto é coordenado pelo Instituto Albatroz, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) que trabalha em parceria com o poder público, empresas pesqueiras e pescadores.

Reprodução Google

Centro de Visitação

“O centro tem pavilhões de exposição, áreas ao ar livre, uma trilha de mangue, onde tem placas mostrando as espécies de Caranguejo Uçá, do Guaiamu. É uma sala de aula ao ar livre, onde as pessoas podem vivenciar um pouco a natureza”,informou Tatiana.

No final da trilha, se vê a Lagoa de Araruama. Em um píer de observação, os visitantes podem acompanhar as aves que se alimentam nos bancos de areia, bem próximos da área. “As pessoas vão conseguir avistar as aves, sem alterar o seu comportamento. São aves migradoras de vários locais e residentes na nossa região também”.

Há também um centro informativo logo no início do projeto. Na calçada dos ecossistemas, há painéis que vão mostrando a sucessão de ecossistemas marinho e costeiro. O primeiro pavilhão foi denominado Oceano e reúne espécies marinhas de alto-mar, como os albatrozes. No local, há uma reprodução da Ilha Geórgia do Sul, que é um dos locais mais importantes de reprodução de albatrozes, que fica na região subantártica, e a réplica de um casal dessas aves em tamanho real, no ninho, em um cenário que reproduz o local onde eles se reproduzem. Há também uma ossada completa de uma baleia jubarte, montada e suspensa.

Tatiana informou que essa é a segunda ossada de baleia jubarte existente no Rio de Janeiro. A primeira está no AquaRio, na Praça Mauá, região portuária da capital fluminense. “É a nossa cereja do bolo”.

No centro há informações também de vários outros projetos, como o Meros do Brasil; o Golfinho Rotador, de Fernando de Noronha; o Coral Vivo; as Tartarugas Marinhas. “É um espaço em que a gente fala de todos esses animais, ícones do oceano. A gente está na década do oceano, decretada pela Organização das Nações Unidas e que vai acontecer entre 2021 e 2030”.

O espaço está integrado à questão da cultura oceânica, com o objetivo de trazer essa cultura para as comunidades que vivem do mar e para o mar, explicou Tatiana.

Fonte Agência Brasil

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