Palácio Quitandinha vira Centro Cultural do SESC
Espaço terá exposições e atividades culturais gratuitas.
Inaugurado na década de 1940 para ser um hotel-cassino suntuoso, o Palácio Quitandinha, em Petrópolis, passa abrigar a partir deste sábado (15) o Centro Cultural Sesc Quitandinha em seu térreo, com exposições e atividades culturais gratuitas para a população da cidade e turistas.
Com uma arquitetura marcada pela monumentalidade, o prédio é um icônico ponto turístico da cidade serrana, com fachada em estilo normando-francês, e o interior decorado com base em cenários da Hollywood antiga. O jardim do palácio, que conta com lago e amplo gramado, é um ponto tradicional de visitação e lazer para quem está na região.
Em uma cidade que costuma ser resumida a seu passado imperial e imigração europeia, o Sesc programou uma exposição de longa duração que propõe uma revisão da história do país e de Petrópolis. Doze artistas e dois curadores, cada um a sua maneira, abordam os laços atlânticos entre Brasil e África, o período das navegações e o sofrimento provocado pelo tráfico de africanos escravizados.
Com uma arquitetura marcada pela monumentalidade, o prédio é um icônico ponto turístico da cidade serrana, com fachada em estilo normando-francês, e o interior decorado com base em cenários da Hollywood antiga. O jardim do palácio, que conta com lago e amplo gramado, é um ponto tradicional de visitação e lazer para quem está na região.
Em uma cidade que costuma ser resumida a seu passado imperial e imigração europeia, o Sesc programou uma exposição de longa duração que propõe uma revisão da história do país e de Petrópolis. Doze artistas e dois curadores, cada um a sua maneira, abordam os laços atlânticos entre Brasil e África, o período das navegações e o sofrimento provocado pelo tráfico de africanos escravizados.
O título Um Oceano para Lavar as Mãos ( Foto acima), convida o público a pensar na diáspora negra provocada pela escravidão, e o objetivo dos artistas também é reler a história de Petrópolis, cidade que antes de receber imigrantes alemães já era território de resistência quilombola. O próprio nome Quitandinha, lembra o curador Marcelo Campos, vem da palavra quitanda, que é de origem africana.
“Fazer cultura e arte no Brasil não pode nunca estar dissociado do elemento da responsabilidade social. Isso, para nós, é fundamental, para ter um espaço com uma horizontalidade que nem sempre aconteceu e trazer artistas negros, negras e negres para esse palácio em que sempre estivemos, mas talvez ocupássemos áreas invisibilizadas. Isso faz com que a gente entenda cultura e arte como lugar de responsabilidade em que a gente não pode mais recuar.”
Fazem parte da exposição 40 obras dos artistas Aline Motta, Arjan Martins, Ayrson Heráclito, Azizi Cypriano, Cipriano, Juliana dos Santos, Lidia Lisbôa, Moisés Patrício, Nádia Taquary, Rosana Paulino, Thiago Costa e Tiago Sant’ana.
Idealizador do Museu de Memória Negra de Petrópolis e coordenador de Promoção da Igualdade Racial da cidade, Filipe Graciano assina a curadoria da exposição com Marcelo Campos e conta que o oceano é o lugar do trauma da diáspora, mas também é lugar em que se banha buscando a cura.
O novo momento do Palácio Quitandinha também vai contar com o Q Bistrô, um local dedicado à gastronomia tropical com cardápio assinado por Andressa Cabral, chef carioca formada pela Alain Ducasse Formation, escola internacional de gastronomia. O restaurante funcionará das 10h às 17h no espaço do antigo Bar Central, local que recebeu os primeiros visitantes do palácio quando ele ainda estava em construção no início dos anos 1940.
Fonte: Agência Brasil