Delegado Mauricio Demetrio é demitido da Polícia Civil do Rio

Ele está preso desde junho de 2021

Delegado Maurício Demétrio, acusado de chefiar esquema de propina — Foto: Reprodução

Decreto do governador Cláudio Castro com a medida foi publicado no Diário Oficial desta segunda-feira,16.

O delegado Mauricio Demetrio Afonso Alves já não faz mais parte dos quadros da Polícia Civil do Rio. Foi publicado, no Diário Oficial desta segunda-feira, o decreto do governador Cláudio Castro com a medida. O delegado está preso desde junho de 2021, acusado de chefiar a cobrança de propina de lojistas da Rua Teresa, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, e foi condenado a mais de nove anos de prisão por cinco crimes.

Demetrio esteve por mais de 20 anos na Polícia Civil do Rio. Ele passou por diversas delegacias, quase todas especializadas — do Meio Ambiente (DPMA), do Consumidor (Decon), de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) e de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM). Foi nesta última que, segundo o Ministério Público do Estado do Rio, o policial usava a estrutura para negociar e cobrar propina de comerciantes da Rua Teresa.

A sentença que o condenou saiu no início de janeiro passado, em decisão da 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa do Rio. Em trecho do documento, o juiz Bruno Monteiro Rulière afirma que o desvio de finalidade das operações policiais foram “o ponto central da questão posta em julgamento”. “Aponte-se que os crimes são gravíssimos e foram praticados justamente valendo-se da função pública que exerce e da estrutura que a Polícia Civil lhe confere”. Na sentença, o magistrado determinou que o delegado seja removido do quadro da corporação.

Reprodução Google

Ostentação

Demetrio foi preso na Operação Carta de Corso, do Ministério Público. No momento da prisão, os agentes da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) do MP apreenderam R$ 240 mil em dinheiro na casa dele, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, além de 13 celulares, três carros de luxo blindados e joias, como relógios de marca famosa.

Com a análise de três dos telefones apreendidos, os promotores do MPRJ descobriram que o policial levava uma vida de luxo, não compatível com sua renda. Demetrio ostentava riqueza, inclusive contratando seguranças particulares para protegê-lo em viagens.

Os promotores descobriram ainda que o policial fazia, com frequência, viagens internacionais com a família em classe executiva pagas em espécie. Fora as hospedagens em hotéis de luxo, aluguel de mansões em Mangaratiba, na Costa Verde do Rio, e carros de luxo no Brasil e no exterior.

Fonte Extra

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