Estádio do Flamengo: sonho mais próximo? Saiba tudo sobre os planos de construção

Prefeito Eduardo Paes está empenhado

Projeto de estádio do Flamengo no Gasômetro, na região do Centro do Rio — Foto: Prefeitura do Rio/Cdurp

Eduardo Paes afirmou que irá desapropriar o terreno do Gasômetro da Caixa, caso o banco não aceite vende-lo ao clube carioca. A última segunda-feira, 27 de maio, foi animada para os rubro-negros. Após duas reuniões, uma de manhã e outra à noite, o sonho da construção do novo estádio do Flamengo pode estar próximo. O prefeito do Rio Eduardo Paes (PSD), chegou a afirmar que irá desapropriar o terreno do Gasômetro da Caixa Econômica Federal, caso o banco não aceite vende-lo. O local é tratado como a prioridade do clube.

Durante um jantar entre políticos e diretores do Flamengo, o prefeito da capital fluminense relatou que caso a Caixa se recuse a vender o local desejado pelo clube, ele se trataria de um terreno privado. Eduardo Paes completa afirmando que “se tem um poder autoritário no Brasil, que pertence aos governos, é da desapropriação”.

— Se a negociação não avançar, a prefeitura vai desapropriar a área para permitir que o Flamengo tenha seu estádio — afirmou o prefeito do Rio.

Pela manhã do mesmo dia, foi realizado uma reunião entre representantes do rubro-negro, a prefeitura do Rio de Janeiro e a Caixa Econômica. Segundo o deputado federal Pedro Paulo (PSD), a empresa estatal se comprometeu à dar um valor final pelo terreno na região do Gasômetro, em três dias.

O terreno, de 87 mil metros quadrados, localizado no Gasômetro, região central do Rio, pertencente a um fundo de investimentos gerido pela Caixa, e o acordo está dependendo da precificação da área. O Flamengo não queria gastar mais de R$ 250 milhões, e contou com ajuda da Prefeitura do Rio para destinar recursos para a operação.

Apesar do clube carioca ter conquistado o apoio do prefeito da capital fluminense, as negociações com a Caixa ainda são complicadas. Uma das principais desavenças está relacionado a diferença de precificação do terreno.

Projeto de estádio do Flamengo (Foto: Reprodução)

A diretoria rubro-negra acredita que o terreno desejado não vale mais que R$250 milhões, principalmente pelo abandono da área. O clube acredita que a construção de seu novo estádio no local, seria um componente de valorização do mesmo, seja em quesitos financeiros ou sociais.

O prefeito do Rio concorda com o Flamengo, entendendo que o projeto proposto vai valorizar a região. Nas redes sociais, Paes reafirmou seu apoio para o clube comprar terreno da Caixa e construir estádio no Gasômetro.

“Como fizemos com o meu Vascão, estamos dispostos também a transferir potencial construtivo para o Flamengo. Estamos falando de um patrimônio do Rio e do Brasil (por mais que isso me irrite como Vascaino) e que absurdamente não dispõe de estádio próprio. Não bastasse isso, o empreendimento proposto, valoriza a região. Assim como São Januário renovado!

No projeto a ser apresentado pelo Flamengo, os arquitetos e responsáveis pela negociação sobre o estádio vão mostrar os estudos para a exploração econômica da área na zona central do Rio, e falar de valores.

Outro empecilho para a construção do novo estádio seria o potencial construtivo. Ele se refere à quantidade de construção permitida em um terreno de sua propriedade, e é utilizado como uma medida de controle do crescimento urbano, de acordo com o plano diretor de cada cidade.

A ida de Paes ao jantar, foi para confirmar a ideia de que parte dos recursos para a compra do terreno da Caixa virão através da transferência do potencial construtivo da Gávea, sede do Flamengo, que ainda depende de aprovação na Câmara dos Vereadores.

Em ano de eleições presidenciais no Flamengo e municipais no Rio, a temática do novo estádio mobiliza a política de ambos os lados. Os indicativos dão conta de que o clube se vem se aproximando deste sonho de tantos anos. No entanto, só o futuro dirá se os últimos significativos avanços foram “conversa-fiada” ou não.

Fonte EXTRA

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