Operação de prevenção contra planos de ataques a escolas é feita pela Civil do Rio de Janeiro
Operação se estende à Bahia, Minas Gerais, Roraima e São Paulo.
Batizada de Server Out, a ação — que tem inquérito tramitando na Polícia Civil do Rio.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, detalhou na manhã desta quarta-feira uma “operação preventiva e repressiva” para combater a violência contra as escolas. Batizada de Server Out, a ação — que tramita na Polícia Civil do Rio — também se estende à Bahia, Minas Gerais, Roraima e São Paulo. Ao todo, 11 mandados estão sendo cumpridos, sendo 7 de busca e apreensão e outros 4 de prisão temporária. De acordo com a Polícia Civil fluminense, os crimes de ódio e discursos de preconceito na web também estão sendo combatidos na ação, que tem a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) à sua frente.
O balanço divulgado no início da tarde informa que duas pessoas foram presas. Todos os alvos são jovens entre 18 e 20 anos, identificados a partir da colaboração de uma plataforma digital específica, depois da detecção de mensagens trocadas por ela, segundo a Polícia Civil. Associação criminosa, incitação ao crime e corrupção de menores estão entre os crimes investigados. Dispositivos eletrônicos foram apreendidos.
O foco, segundo o ministro, é em conversas de redes sociais, local de “engendramento” dessa modalidade criminosa. Dino detalhou a operação após assinar um acordo para a criação do Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (Cifra) entre Rio e o governo federal.
— Há, infelizmente, a localização de croquis, de desenhos, planos de ataques a escolas, e isso está mais relacionado ao abuso de plataformas digitais, envolvendo adolescentes e jovens-adultos — disse o ministro, que lembrou que essa rede de ataques se ultrapassa divisas.
Segundo ele, no início desta semana, outra operação realizada em Santa Catarina estava relacionado ao ataque ocorrido em Sapopemba (SP). Para o ministro, o “certo” são ações preventivas como a desta quarta-feira, já que “ninguém vai esperar para ver” ataques acontecerem em creches e escolas para poder atuar.
O governador Cláudio Castro também comentou a ação, destacando que a operação tem caráter preventivo e tranquilizou os responsáveis.
— O ministro está falando aqui que está sendo feito uma ação preventiva. Não é para ninguém deixar de ir à escola, exatamente porque estamos fazendo preventivo para que essas ações não ocorram — explicou Castro.
Server Out: por que o nome?
O termo escolhido é uma referência à indisponibilidade dos servidores on-line — utilizados como meio para os crimes investigados, assim como à remoção de usuários que usam a plataforma para a prática de crimes previstos na legislação brasileira.
Manual no site do Ministério da Justiça
O ministro Flávio Dino enfatizou que há um manual para as famílias poderem monitorar os passos dos jovens nas redes sociais, disponível no site do Ministério da Justiça.
O “De boa na rede” tem um passo a passo que detalha como agir em cada rede social: Facebook, Discord, X (antigo Twitter), TikTok, Kwai, Instagram e YouTube. O dicionário virtual também ensina como fazer denúncias para cada caso e traz orientações sobre como dialogar com os filhos.
Fonte EXTRA