Israel: Itamaraty confirma morte de brasileiro que estava desaparecido

Ranani Glazer foi vítima de ataques do Hamas.

Foto: Ranani Glazer/Instagram


O governo brasileiro confirmou, na manhã desta terça-feira (10), a morte do brasileiro Ranani Nidejelski Glazer, de 24 anos, vítima dos ataques do Hamas na Faixa de Gaza.

Glazer estava na festa rave Universo Paralello, que ocorria em Israel, próximo à Faixa de Gaza, no último sábado (7). Mais de 260 corpos foram encontrados Após os ataques no local onde ocorria a festa, foram encontrados

“O Governo brasileiro tomou conhecimento, com profundo pesar, do falecimento do cidadão brasileiro Ranani Nidejelski Glazer, natural do Rio Grande do Sul, vítima dos atentados ocorridos no último dia 7 de outubro, em Israel.”

A nota, que foi compartilhada na íntegra pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também reafirma o repúdio do governo à violência na região: “ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Ranani, o Governo brasileiro reitera seu absoluto repúdio a todos os atos de violência, sobretudo contra civis”.

Fonte Agência Brasil

Namorada que escapou de ataque do Hamas se despede de brasileiro morto: ‘Te amei cada segundo’

 Foto: Reprodução/Instagram

Rafaela Treistman, namorada do brasileiro Ranani Glazer, usou as redes sociais para se despedir do brasileiro, que morreu após a invasão de extremistas à rave da qual participavam, em Israel, no último sábado. A jovem conseguiu escapar do ataque terrorista, assim como o amigo que acompanhava o casal, Rafael Zimerman. Pelo Instagram, Rafaela destacou que a relação com o gaúcho de 24 anos “foi uma história de cinema”.

“Nunca imaginei que eu não estaria agora com você. nunca pensei que existiria um após você”, afirmou ela. “Assim como você sempre disse, nosso amor foi a primeira vista.. foi rápido e intenso, mas eu te amei em cada segundo que estivemos juntos”.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, Rafaela Treistman conta que ela, o namorado e o amigo do casal, Rafael Zimerman, se esconderam dos terroristas usando corpos das vítimas. No momento em que as autoridades israelenses chegaram ao bunker, no entanto, Glazer havia desaparecido. Zimerman foi resgatado junto com ela, foi hospitalizado e teve alta no último domingo.

— O bunker em que nos escondemos foi metralhado por integrantes do Hamas e depois jogaram gás para todo mundo morrer asfixiado, e foi quando comecei a pedir a Deus para sobreviver. Eu me senti em Auschwitz — relatou Rafael, que agora mora com amigos em Herzylia, próximo a Tel Aviv. — Eu só me senti seguro quando cheguei no hospital.

Ao menos 260 corpos foram encontrados no local onde acontecia o festival Universo Paralello, organizado pelo pai do Dj Alok, o também DJ Juarez Petrillo. Dezenas de pessoas que foram à rave ainda estão desaparecidas, informou a organização de resgate israelense Zaka no último domingo.

Há pelo menos duas brasileiras desaparecidas que estavam na rave, de acordo com informações do Itamaraty: Bruna Valeanu, de 24 anos, e Karla Stelzer Mendes, de 41 anos.

O DJ Juarez Petrillo lamentou o ataque em uma postagem no Instagram na tarde de domingo. “Estamos consternados, chocados e assustados com tudo que aconteceu e deixamos explicitamente a nossa revolta e nossos sentimentos às vítimas desse ataque perverso”, escreveu no perfil da Universo Paralello, organizadora do evento.

Reprodução Google

Sobre as críticas que repercutiram nas redes sociais em relação ao lugar do evento, a postagem afirma que “Israel é reconhecida mundialmente por grandes eventos de música eletrônica, e o local é conhecido por receber diversos deles, tendo, no dia anterior, acontecido um festival com mesmo perfil no mesmo local”.

O Jerusalem Post publicou um vídeo em que mostra o momento em que diversas pessoas fogem às pressas de uma festa organizada ao ar livre depois da chegada de membros do Hamas. Segundo o jornal, “os participantes relatam momentos angustiantes com (o som de) tiros”, e havia “preocupações com possíveis vítimas”. Ainda não se sabia da dimensão da tragédia.

O ataque terrorista surpresa do Hamas no último sábado pegou Tel Aviv de surpresa. Em suas redes sociais, o governo israelense foi taxativo e afirmou estar “em guerra”. Dois dias após sofrer o maior ataque em cinco décadas — com pelo menos 900 mortos e mais de 2.400 feridos em 22 localidades do sul e do centro do país — Israel anunciou a mobilização de 300 mil reservistas em tempo recorde e decretou “cerco total” à Faixa de Gaza com corte de energia, combustíveis, água e alimentos.

O território palestino é governado desde 2007 pelo grupo terrorista Hamas, responsável pelos ataques de sábado a Israel, inclusive à rave. Cerca de mil militantes extremistas cruzaram a fronteira e invadiram Israel, espalhando terror e morte, e uma chuva de 2.500 a 5 mil foguetes caiu sobre cidades e vilarejos israelenses. A resposta de Israel já deixou quase 700 mortos em Gaza. O total de feridos dos dois lados chega a 5.300.

O governo brasileiro estima que serão necessários 15 voos da Força Aérea Brasileira (FAB) para trazer de volta todos os brasileiros que querem sair de Israel e de outros países do Oriente Médio desde o começo do conflito. O primeiro deles, com 210 cidadãos nacionais, acompanhados de médicos e psicólogos, chegará a Brasília na primeira hora desta terça-feira. Mais de 2.200 brasileiros pediram ajuda para retornar ao país.

Fonte EXTRA

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