Recorde de casos de dengue, dos últimos sete anos, é registrado no Rio de Janeiro

Cidade já teve 20 mil diagnósticos da doença.

Ação contra a dengue no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio — Foto: Divulgação/Prefeitura do Rio — Foto: Divulgação

De janeiro ao início de 2023, o Rio registrou 20 mil casos de dengue — o maior número desde 2016, quando a capital teve quase 26 mil diagnósticos.

 quantidade de pacientes com a doença preocupa as autoridades de Saúde, que temem que a cidade possa viver uma epidemia no próximo ano. Além do crescimento de casos, depois de cinco anos a cidade também registrou o primeiro diagnóstico de dengue tipo 4.

Na capital, a maior incidência da dengue está na região da Área Programática 5.2, que abrange o bairro de Campo Grande. É justamente pela alto número de casos da região que a prefeitura escolheu Guaratiba para ser o local de um estudo de uma vacina contra a dengue. A secretaria municipal de Saúde negocia a compra de 40 mil doses do imunizante Qdenga, da a farmacêutica japonesa Takeda e que recebeu autorização da Anvisa neste ano. Já foi enviado um pedido de autorização para a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), do Conselho Nacional de Saúde (CNS).

O estudo deve abranger moradores de Guaratiba entre 19 e 49 anos. A aquisição do imunizante gira em torno de R$ 7 milhões.

Na quinta-feira, foi confirmado o primeiro caso de dengue tipo 4 no Rio em 4 anos. A paciente é uma mulher de 45 anos que faz o tratamento em casa. As autoridades de Saúde explicam que essa cepa da doença é menos agressiva, mas, por estar tanto tempo sem circular no estado, há mais pessoas suscetíveis. Outro ponto de preocupação foi um número grande de diagnósticos durante o inverno, quando os casos deveriam cair.

A médica Silvia Carvalho, do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da secretaria estadual de Saúde, explica que a população deve aderir a campanha dos “10 minutos contra a dengue”, que pode evitar a proliferação do Aedes Aegypty.

— Há uma preocupação nossa também com a questão do dengue do sorotipo tipo 3, porque nós não identificamos (no Rio) , mas já foi identificado em estados vizinhos. Temos três sorotipos circulando, então isso nos coloca numa condição de possibilidade de aumento de casos. A gente já observa, no decorrer desse ano, um comportamento atípico porque teve um número de casos expressivos, mesmo num período onde não se espera — diz Carvalho.

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O mapa da doença no estado do Rio aponta uma grande incidência da doença em 2023 nas regiões Noroeste e da Costa Verde. Além de apoiar os municípios com insumos, como soros para reidratação, a secretaria de Saúde também prevê realizar rodadas de orientações para ajudar na capacitação dos profissionais no diagnóstico.

— É preciso ter atenção a esses sinais de alarme, como uma dor abdominal que não passa, um vômito persistente, uma baixa da pressão arterial quando você levanta ou quando senta, uma prostração maior. Esse quadro é importante que uma pessoa com um diagnóstico de dengue esteja mais atenta.

Os principais sintomas da dengue são: febre alta (> 38°C); dor no corpo e articulações; náuseas e vômitos dor atrás dos olhos; mal-estar; falta de apetite; dor de cabeça; manchas vermelhas no corpo.

No entanto, a infecção por dengue pode ser assintomática (sem sintomas), apresentar quadro leve, sinais de alarme e de gravidade. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (>38°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, e manchas vermelhas na pele. Também podem acontecer erupções e coceira na pele.

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