Prefeito de SP pede cancelamento de contrato com a Enel
“Não tem mais condições de a Enel permanecer”.
A capital paulista voltou a registrar falta de energia nesta quarta-feira, 15 de novembro, após temporal e rajadas de vento.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse em agenda nesta quinta-feira,16, que pediu para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) cancelar o contrato de concessão com a Enel. O pedido, segundo o prefeito, aconteceu na última segunda-feira, 13, durante reunião com diretores da agência, prefeitos de cidades atendidas pela Enel e o governador Tarcísio de Freitas. “Não tem mais condições de a Enel permanecer aqui em São Paulo. É inaceitável ter uma empresa como essa, que não tem um pingo de respeito com a população e deixou as pessoas sem energia quase uma semana”.
Antes, no início deste mês, quase 2,1 milhões de pessoas ficaram sem luz em todo o estado de São Paulo, pelo mesmo motivo. No 9 de novembro a Prefeitura de São Paulo, entrou uma ação na Justiça obrigando a Enel a tomar medidas urgentes para restabelecer o serviço de distribuição de energia e apresentar um plano de contingência e um cronograma preventivo para o próximo período de chuvas.
A Justiça decidiu a favor da Prefeitura no dia seguinte. “O problema com a Enel é grave, não é só por conta da falta de resposta nesses adventos das rajadas de vento e das chuvas, já é um problema que a prefeitura vem discutindo há bastante tempo, eles precisam melhorar muito. A Prefeitura entrou na Justiça, notificamos o Procon e notifiquei a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)”, completou Nunes.
Em nota, a Aneel informou instaurou um processo de fiscalização na Enel, em conjunto com a ARSESP e tem dado prioridade máxima ao tema. “A ANEEL pretende ter os primeiros resultados em 30 dias e nesse processo serão analisadas diversas dimensões do problema como: a preparação das distribuidoras para eventos críticos, o desempenho na prevenção dos seus efeitos, a capacidade de restabelecimento, adequação, preparo e quantitativo das equipes utilizadas na recomposição, a execução do plano de contingência, a interlocução com as demais instituições envolvidas no processo de restabelecimento, dentre outros. Nesse processo, serão apuradas as responsabilidades e aplicadas as sanções cabíveis”.
Fonte CNN