Quem são os três jogadores banidos do futebol pelo resto da vida por envolvimento com apostas
Ygor Catatau, Gabriel Tota e Matheus Phillipe receberam suspensão definitiva da Fifa.
Dentre os sete réus indiciados pela Operação Penalidade Máxima, deflagrada pelo MP-GO na investigação do esquema de manipulação de jogos para obter lucros em apostas esportivas, três deles agora foram julgados pela Fifa. Ygor Catatau, Gabriel Tota e Matheus Phillipe agora tiveram a punição imposta pelo STJD ampliada para nível mundial. Conheça mais sobre eles.
O nome mais conhecido é o de Ygor Catatau, e o atacante foi o primeiro jogador a ser banido do futebolo pelo STJD. Ele foi acusado pelo MPGO de ter manipulado a partida entre Sampaio Corrêa e Londrina, pela Série B, e os promotores afirmam que Catatau cooptou outros quatro atletas para participar do esquema. Todos eles receberam R$ 10 mil antecipado com a promessa de que outros R$ 140 mil seriam dados a eles caso cometessem um pênalti de propósito, e ele conseguiu convencer Matheusinho (ex-Cuiabá) conseguisse realizar.
Catatau começou a carreira na base do Madureira, onde permaneceu até 2015 e depois teve passagens por clubes de maior expressão. Suas duas principais equipes foram o Vasco, entre 2020 e 2021, e o Sampaio Corrêa, entre 2021 e 2022, onde as investigações apontam a participação no esquema de apostas. Apesar de esforçado e ter sido visto como uma aposta de talento que despontaria tardiamente, as limitações técnicas o impediram de ter uma sequência. O cruz-maltino terminou rebaixado, com Ygor Catatau atuando em 19 partidas, marcando apenas um gol e dando uma única assistência. Seu gol mais marcante foi em um clássico contra o Botafogo pelo Brasileirão.
O goleiro Matheus Phillipe deu seus primeiros passos com a bola na base do Fluminense, mas não chegou a atuar pelo profissional. Ele tem passagens por outras equipes do Rio (São Gonçalo, Macaé, Serra Macaense e Olaria), de Minas Gerais (América de Teófilo Otoni e Ipatinga) e pelo Sergipe, onde foi aliciado pelos apostadores.
Já Gabriel Tota atuava como uma espécie de intermediador da quadrilha dentro do Juventude, onde jogava no ano passado. Em outubro, segundo mais um áudio de Bruno Lopez, Tota teria indicado o lateral Pará, que era seu colega de time e hoje está no Santo André, para a quadrilha. A investigação aponta que Tota recebeu três valores suspeitos, de R$ 15 mil, de R$ 5 mil e de R$ 50 mil, todos enviados por membros da quadrilha que já foram presos pela operação, e em depoimento, o jogador afirmou que “não se recorda” da entrada do dinheiro na conta.
Com apenas 21 anos, ele começou a carreira no Grêmio Novorizontino, e já atuou como profissional no Rio Preto, Mirassol, Juventude — onde cometeu as irregularidades — e Ypiranga, mas terminou a carreira sem títulos conquistados.
Fonte EXTRA