Jian Kayo: goleiro do Ituano achado morto em casa
Jovem de 21 anos também passou pela base do São Paulo
O jovem curitibano Jian Kayo Gomes Soares conquistou admiradores no país pelo talento nos campos e pela personalidade cativante.
Aos 21 anos, o goleiro do ituano foi encontrado morto na noite do sábado, 18 de fevereiro,em sua própria casa, em Itua, interior de São Paulo.
Amante de músicas do século passado e fã de Jimmy Reed e da banda The Hollies, Jian era apaixonado por blues e rock clássico. A conexão com a música o motivava a marcar presença em grandes festivais, como o Lollapalooza. No final do ano passado, o goleiro conseguiu a tão sonhada promoção ao time profissional do Ituano. O responsável foi o técnico Carlos Pimentel, que saiu do clube há duas semanas. O treinador destacou a ótima energia que o ex-comandado teve nos meses que trabalharam juntos.
Jian Kayo começou a carreira no São Paulo em 2015, quando havia acabado de completar 13 anos de idade. Passou pelos times sub-13, sub-15, sub-17 e sub-20 do Tricolor, onde ficou até 2020. Pelas redes sociais, o clube publicou uma nota de pesar. No ano seguinte, em novembro de 2021, aos 19 anos, o goleiro de 1,91 metro assinou contrato com o Ituano para jogar na equipe sub-20. Logo ganhou a titularidade, disputando partidas do Campeonato Paulista Sub-20 e da Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2022.
Na Copinha, Jian jogou nos quatro jogos que o Galinho fez. Na primeira fase, ajudou o time a se classificar na segunda posição, com três gols sofridos em três jogos. Na segunda fase, o Ituano foi eliminado ao ser goleado pelo Corinthians.
Com as ótimas atuações vestindo a camisa rubro-negra, um ano depois de sua contratação, Jian foi promovido ao time profissional e virou terceiro goleiro para a disputa do Campeonato Paulista. Junto com Deivity, era reserva de Jefferson Paulino.
“Ele já treinava com a gente, mas sempre esteve integrado ao sub-20. Ele era titular absoluto da posição e esse ano com o retorno do Wesley, os dois tinham idade de Copa São Paulo, a opção foi ele já se integrar ao profissional e o Wesley jogar a Copinha. Ele tinha muita técnica e boa saída de gol. Jogava com os pés na fase de construção, tinha liderança técnica e trabalhava sempre no limite. Era muito focado”, descreveu o técnico Carlos Pimentel.
Fonte: G1