Morre aos 88 anos o estilista Paco Rabanne,ele revolucionou a moda usando metais
Artista também sempre se destacou com as fragrâncias dos perfumes da sua grife de luxo
Morreu nesta sexta-feira, 3, aos 88 anos, o estilista espanhol Paco Rabanne, famoso pelo uso de metais nas passarelas e por sua grife homônima de perfumes de luxo. A informação foi confirmada pelo grupo Puig, que gerencia a marca do artista. “Estou profundamente triste com a morte do Sr. Paco Rabanne”, disse Marc Puig, presidente da empresa.”Ele está entre as figuras essenciais do universo fashion do século XX, e seu legado será sendo uma fonte constante de inspiração”, anunciou o Perfil Oficial da marca no Instagram.
O estilista virou sinônimo de perfumes best-sellers e ficou conhecido por ousar em seus desfiles, com o uso de novos materiais como metal, plástico, alumínio, fibra ótica, concreto e muitos outros.
O espanhol Francisco Rabaneda y Cuervo, nome real dele, despontou com conjuntos metálicos e designs inspirados na era espacial da década de 1960.
Na infância, ele se apaixonou pelas artes, sobretudo pela pintura. Ele começou a desenhar aos sete anos, e sua habilidade chegou a “um nível muito elevado” quando estudou arquitetura, área da qual extraiu ideias que posteriormente aplicou à moda.
Rabane nasceu em 18 de fevereiro de 1934, em Pasaia, província de Guipuscoa, parte do País Basco espanhol. Sua entrada no mundo da moda foi por meio da mãe, que trabalhava para Cristobal Balenciaga.
Aos 17 anos, mudou-se para Paris onde estudou arquitetura durante 10 anos na Ecole Nationale des Beaux-Arts. O exílio na França foi durante a Guerra Civil espanhola (1936-39).
A estreia como estilista ocorreu em 1964, quando chamou atenção não apenas pelos vestidos experimentais, mas também pelo fato de as modelos estarem descalças.
Outra paixão de Paco Rabane era o esoterismo, sobre o qual escreveu vários livros de sucesso. No final da década de 1990, passou a ser presença constante na televisão francesa, falando mais sobre bolas de cristal do que sobre roupas.
Fontes: Veja e G1