Desvio de R$ 20 milhões em esquema de saúde é investigado pela PF

Quatro municípios da Baixada, no Rio e em Niterói

Foto: Divulgação / Polícia Federal

Ação da Polícia Federal tem como alvo organização criminosa que atua no estado para desviar verbas do SUS através de clínicas médicas. Agentes da Polícia Federal durante a Operação Tratamento Fake, em cinco municípios do estado do Rio de Janeiro.

Uma organização criminosa foi alvo da Operação Tratamento Fake, realizada na última quarta-feira pela Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro. Segundo as investigações, o grupo utilizava clínicas médicas para desviar verbas do Sistema Único de Saúde (SUS). O prejuízo ultrapassa R$ 20 milhões.

De acordo com a PF, o esquema era feito em diversos municípios do Rio de Janeiro. Na ação foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e Niterói, na Região Metropolitana, em Seropédica, Nilópolis e Mesquita, na Baixada Fluminense. Entre os alvos dos mandados estavam clínicas médicas, seus proprietários e ex-servidores do município de Belford Roxo, também da Baixada. A 4° Vara Federal de São João de Meriti expediu os mandados.

A quadrilha fazia uso “de informações e documentos falsos que serviam para registrar tratamentos de fisioterapia e exames de imagem variados que nunca foram realizados, além de pedidos médicos duplicados”, informou a PF sobre o modo de ação.

Com prejuízo estimado acima de R$ 20 milhões, as investigações tiveram início a partir de auditoria realizada pela Controladoria Geral da União (CGU), em conjunto com a Coordenaria de Auditorias Temáticas e Operacionais do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro.

Os agentes descobriram que diversas clínicas selecionadas para atuar em parceria ao município de Belford Roxo, através de chamamento público, participaram das fraudes.

A operação desta quarta-feira visa reunir mais provas as já existentes para quantificar os valores desviados, “bem como revelar eventual participação de outros servidores públicos nas condutas criminosas apuradas”, explica a PF.

Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa e furto qualificado mediante fraude cometida por meio de dispositivo eletrônico ou informático. Se somadas, as penas máximas podem chegar a 11 anos de reclusão.

Fonte EXTRA

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