Mano Menezes celebra classificação do Fluminense na Libertadores
Time venceu de 4 x 2 nos pênaltis
Técnico do Fluminense destacou a postura da equipe durante a partida e comemorou a vaga nas quartas de final.
Depois de ser derrotado por 2 a 1 no jogo de ida pelo Grêmio, o Fluminense conseguiu a ‘remontada’, devolveu o placar, venceu por 4 a 2 nos pênaltis e se classificou para as quartas de final da Libertadores. Atual campeão, o tricolor segue na competição e o treinador Mano Menezes analisou a partida, destacando a postura da equipe durante os 90 minutos e afirmou que o Flu mereceu avançar diante do time gaúcho.
– Jogamos contra um grande adversário. É senso comum que o Grêmio tem uma equipe bastante forte, que não jogou no final de semana. Todos esses jogadores ficaram descansando exatamente para jogar contra a gente. Em função do que herdamos, não podemos fazer isso, no Campeonato Brasileiro, tivemos que jogar com o melhor que temos sempre. Para recuperar uma situação que vem lá de trás. Fizemos o 2 a 0 merecidamente. Fomos melhores do primeiro ao último minuto do primeiro tempo. Mas do outro lado tem uma equipe, tivemos algumas dificuldades e não aproveitamentos os contra-ataques. Se aquela bola do Ganso entra, cai o Maracanã, cai o Grêmio, cai todo mundo. Você sabe o que significa um golaço daquele num mata-mata e na volta do segundo tempo. Nós sentimos um pouco de desgaste. O próprio Arias estava cansado, o Ganso estava cansado. Você sente um pouco. Nos pênaltis, tivemos frieza. Competência dos dois goleiros. A equipe fez por merecer passar para as quartas de final. Essa passagem certamente vai ter efeitos positivos
Mano também fez um paralelo com o jogo eliminatório contra o Juventude, pela Copa do Brasil, quando o Fluminense também esteve em situação semelhante após o jogo de ida, mas que foi eliminado. Desta vez, com uma postura diferente, o tricolor conseguiu reverter o confronto e sair com a classificação.
– Os jogos foram muito diferentes. A proposta do Juventude e a proposta do Grêmio foram muito diferentes de jogar futebol. O Juventude jogou com a linha mais baixa, a gente não fez um bom jogo. Tivemos bastante aquém de nós mesmos, cometemos erros, tomamos um gol cedo, o que cria uma dificuldade maior. Hoje fizemos gol cedo, então se invertem os papéis, os espaços vão ser mais generosos. O adversário já não está com a classificação garantida desde cedo, ele também precisa construir algo. O Juventude sempre esteve com a classificação na mão. Então isso muda a postura. Acredito que nós também já estamos melhores em relação àquele jogo. A gente vai aprendendo, a equipe modificou bastante a maneira de jogar. Eu tentei aproveitar o máximo possível que acho que tem de bom aqui, que tem muitas coisas boas, mas a proposta de posicionamento de jogo é diferente. Então, demora um pouco mais pra se mudar isso, para acreditar nisso, as vitórias vão dando confiança pra você fazer cada vez melhor. É muito difícil comparar jogos diferentes em situações diferentes. A gente tem que fazer o que fizemos hoje, encontrar soluções. Às vezes vamos encontrar espaços maiores, vamos encontrar espaços menores. Aí vamos ter que ter um pouco mais de calma, não podemos acelerar tanto o jogo, não podemos dar contra-ataque. A equipe foi bem mais madura hoje, e isso é a evolução natural de um trabalho que, aliado às vitórias, vai ganhando confiança – analisou.
O treinador do Fluminense também falou sobre a preparação para o jogo desta terça-feira. Segundo Mano, a coragem para jogar e buscar o resultado foi preponderante para que a equipe conquistasse a classificação às quartas de final.
– Coragem foi uma palavra que fez parte da nossa da nossa palestra final. Porque era necessário muita coragem para aliar sentimento, comportamento, a tudo aquilo que trabalhamos. Já esperávamos que o Grêmio fosse jogar com três centrais e que nos desse um meio de campo com mais espaço. Nós já tivemos um pouco de espaço lá (em Curitiba) para transitar e hoje tivemos também e esse fato nos permitiu acelerar o jogo como a equipe que precisa reverter o resultado. Vai dando ritmo, vai trazendo o estádio junto, o torcedor gosta disso, né? Às vezes até quando a gente erra, mas o torcedor gosta de um ritmo frenético para um jogo. Ele não entende quando você precisa ganhar e tem que trabalhar com mais calma e roda bola, ele acha que você não quer atacar. Mas na verdade você não está tendo espaço e hoje a gente conseguiu encontrar esses espaços – revelou.
Fonte EXTRA