Queda de avião: todos corpos foram retirados do local em Vinhedo

Dois corpos já foram reconhecidos

Avião com 61 pessoas a bordo cai em Vinhedo, São Paulo — Foto: Claudia Vitorino/ Arquivo pessoal

Prioridade é realizar o resgate das vítimas do acidente aéreo para identificação dos corpos, segundo a corporação.

A força-tarefa para retirada dos corpos do acidente aéreo que matou 62 pessoas em Vinhedo, em São Paulo, finalizou na noite deste sábado o resgate de todas as vítimas. Duas foram identificadas e 50 chegaram ao Instituto Médico Legal (IML) Central da capital paulista no início da noite.

Ao longo deste sábado, 26 famílias de vítimas do acidente com a aeronave da Voepass Linhas Aéreas foram acolhidas no auditório do Instituto Oscar Freire, próximo ao ILM. O atendimento será retomado neste domingo.

De acordo com o governo de São Paulo, morreram 34 homens e 28 mulheres na tragédia, uma das mais letais em solo brasileiro. Entre as vítimas, estão quatro tripulantes da Voepass, antiga Passaredo. A lista de mortos inclui uma família de venezuelanos e uma brasileira com dupla nacionalidade portuguesa.

Os trabalhos seguiram de forma ininterrupta no local do acidente, com o encaminhamento dos corpos para o Instituto Médico Legal (IML) central em São Paulo. O foco, no momento, foi a busca e recuperação das vítimas.

— A expectativa é que até o final do dia todos os corpos sejam retirados — afirmou Carlos Palhares, chefe da Área de Perícias Externas do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, em entrevista coletiva no início da tarde.

Ele acrescentou que ainda não era possível precisar quanto tempo irá levar para identificação de todas as vítimas. A atividade pericial está dividida em duas vertentes: a primeira que trabalha para reconhecimento dos mortos e a segunda para investigar as causas do acidente, com objetivo de esclarecer se houve “negligência, imprudência ou imperícia”.

A PF e as equipes da Polícia Técnico-Científica de São Paulo, Defesa Civil e Polícia Militar trabalham no local também com a coleta dos pertences das vítimas e com a localização dos assentos dos passageiros dentro da aeronave, para ajudar na identificação dos corpos. A operação também conta com o Corpo de Bombeiros e técnicos do Instituto Médico Legal (IML).

Até o momento, somente duas vítimas foram identificadas em procedimentos do IML. De acordo com a PF, no reconhecimento dos corpos carbonizados, que estavam próximos de local de incêndio do avião, será mais complexa.Três técnicas podem ser aplicadas: a identificação por impressão digital, que é mais célere, por análise da arcada dentária ou por exame de DNA.

Em pronunciamento, o superintendente da Polícia Federal, Rodrigo Luis Sanfurgo, afirmou que não há prazo para a realização das perícias, mas que a corporação está “trabalhando ininterruptamente para identificar todas as vítimas”.

No IML central, em São Paulo, foi montada uma estrutura para atender as famílias de vítimas do acidente, incluindo as que chegam a São Paulo de outros estados e que estão sendo acomodadas em hotéis na capital paulista. Equipes de assistentes sociais e psicólogos prestaram apoio aos familiares, que também forneceram material genético para auxiliar o reconhecimento dos mortos.

O acidente, que aconteceu nesta sexta-feira, foi um dos mais letais em solo brasileiro. Nenhum dos passageiros e tripulantes sobreviveu. As causas da queda ainda serão investigadas e as caixas-pretas já estão em Brasília para análise.

Em Vinhedo, o brigadeiro Marcelo Moreno, do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), reiterou, neste sábado, que não há prazo para término das investigações. O primeiro passo será a transcrição dos áudios do voo, que incluem a gravação do material de comunicação da cabine. O segundo é a análise dos dados registrados pela caixa-preta, de acordo com ele.

Fonte EXTRA

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