Sobe para oito o número de mortes causadas pelas chuvas no Rio

 Vítimas são de deslizamentos de terra na Região Serrana

Reprodução Rede Social

Seis dessas pessoas, sendo duas crianças e um adolescente, são vítimas de deslizamentos de terra em cidades da Região Serrana. Chuvas que atingiram Petrópolis deixaram ruas alagadas e provocaram deslizamentos.

As fortes chuvas que atingem o estado do Rio, desde a última quinta-feira (21), já causaram, pelo menos, oito mortes. De acordo com a Defesa Civil estadual, quatro pessoas morreram em um desabamento em Petrópolis e duas em Teresópolis, na Região Serrana, além de uma vítima de raio em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos, e de afogamento em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Cerca de 90 pessoas foram resgatadas com vida pelo Corpo de Bombeiros.

A última vítima das chuvas foi o menino Kayque dos Santos da Silva, de 7 anos, que estava em um dos imóveis atingidos por deslizamento de terra na comunidade da Coreia, em Teresópolis. Além dele, o adolescente de Miguel Sampaio, 14 anos, também morreu, de acordo com a Defesa Civil do município.

Dois adultos que moravam no mesmo imóvel foram soterrados, mas resgatados com vida. Outras duas pessoas ficaram feridas após serem atingidas por escombros. Elas receberam atendimento no local e foram liberadas. O desabamento aconteceu por volta das 2h30, na madrugada deste sábado (23). 

Em Petrópolis, quatro mortes foram confirmadas no desabamento de um imóvel de três andares no bairro Independência. O caso aconteceu durante a tarde desta sexta-feira (22), na Rua Ângelo João Brand.

As quatro vítimas eram da mesma família: Douglas José de Souza, de 24, a esposa Beatriz Casemiro, o filho do casal Lukas Willian, de 8, e ainda uma idosa, que não teve o nome divulgado, mas seria a sogra do casal. Até o momento, quatro pessoas foram resgatadas com vida no local.

Uma criança, de 4 anos, foi resgatada com vida após 16 horas sob os escombros no deslizamento, já na manhã deste sábado (23). Segundo o Corpo de Bombeiros, o trabalho de buscas é feito por militares especializados em salvamento em desastres e cães farejadores do canil do Corpo de Bombeiros.

Local das buscas onde quatro pessoas morreram soterradas no bairro Independência, em Petrópolis, na Região Serrana. — Foto: Alexandre Kapiche/g1

Desde o início dos trabalhos, uma equipe de profissionais foi empenhada para auxiliar nas buscas dos desaparecidos. 

Na Região dos Lagos, em Arraial do Cabo, Kelwen Ramos, estava na localidade conhecida como Prainha quando foi atingido por um raio. Ele seria ambulante e estaria retirando seu material de trabalho no momento que recebeu a descarga. Militares do Corpo de Bombeiros chegaram a ir até o local, mas o homem já foi encontrado sem vida.

Outras duas pessoas também foram atingidas, uma de 21 anos e outra de 29, mas só ficaram feridas, sendo socorridas para o Hospital Geral de Arraial do Cabo. 

A vítima da Baixada Fluminense foi identificada como Carlos Roberto Mota Chagas. Ele se afogou depois que o caminhão que dirigia caiu em um rio no bairro de Santa Cruz da Serra, em Duque de Caxias. O córrego fica às margens da Rodovia Washington Luís. 

Chuvas em Petrópolis

Moradores do Morro da Oficina, em Petrópolis (RJ), deixaram suas casas — Foto: Domingos Peixoto

A Defesa Civil de Petrópolis já registrou 109 chamados de emergência, sendo 75 por deslizamentos, causados pela chuva que começou na última quinta-feira. O município está atualmente em estado de emergência devido aos mais de 300 mm de chuva acumulados nas últimas 24h. Os números colocam a cidade da Região Serrana como a mais atingida pelas chuvas.

As cidades de Bom Jesus de Itabapoana, no Noroeste do Rio, Nova Friburgo, na Região Serrana, Campos dos Goytacazes, no Norte do estado, e Magé, na Baixada, também registraram índice elevado de chuva nas últimas 24 horas. O acumulado nos municípios é de mais de 200 mm.

Monitoramento

Em nota, a Secretaria de Estado de Defesa Civil (Sedec-RJ) informou que segue alerta, mobilizada 24 horas por dia, para prevenir desastres. Equipes de meteorologistas, geólogos e hidrólogos do Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden-RJ) acompanham as condições climáticas e os níveis pluviométricos em todo o território, emitindo alertas de risco quando necessário.

As equipes abastecem as prefeituras com previsões do tempo, avisos sobre os níveis de severidade meteorológica, os acumulados de chuvas e os panoramas de perigo hidrológico e geológico. “Os agentes ainda orientam os gestores públicos quanto ao envio de avisos (SMS) para a população, em casos de chuvas fortes/persistentes, rajadas de ventos e raios, e também quanto ao acionamento das sirenes localizadas em áreas de risco, em caso de ameaças de deslizamentos de terra”, explica comunicado.

Por fim, o governo do Rio esclareceu que a Sedec-RJ também mantém contato frequente com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e com o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD) para compartilhamento de dados e recomendações sobre as condições meteorológicas do Estado.

Fonte O Dia

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