Israel aprova acordo de cessar-fogo com o Hamas

libertação de reféns deve começar amanhã,19


Gabinete de Segurança de Israel se reúne para discutir acordo de cessar-fogo em Gaza — Foto: Reprodução/X

Adesão oficial aos termos negociados no Catar ainda depende de aprovação do Gabinete de Governo, que reúne todos os ministros da coalizão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Após mais de sete horas de reunião, Israel aprovou nesta sexta-feira, 17 de janeiro, o acordo de cessar-fogo e libertação de cativos, vivos ou mortos, em Gaza, concluindo as etapas formais estabelecidas pela burocracia israelense para aderir aos termos anunciados na quarta-feira por mediadores reunidos no Catar. Com a conclusão do processo, o governo israelense espera que a troca de reféns por prisioneiros palestinos comece neste domingo, 19 de janeiro, com a libertação dos primeiros reféns às 12h15 (7h15 em Brasília).

O aceite final israelense à proposta foi concluído após duas votações realizadas nesta sexta-feira,17 de janeiro, primeiro no Gabinete de Segurança, um órgão restrito com apenas 11 integrantes, e depois no Gabinete de Governo, que inclui todos os 33 ministros do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Segundo a imprensa israelense, 24 ministros votaram a favor e oito foram contrários ao acordo. A maioria dos ministros que votaram contra o acordo pertence a dois partidos de extrema direita que eram contra o acordo.

O acordo ainda poderá ser contestado por via judicial por iniciativas civis, mas a expectativa é de que não se crie nenhum problema para a troca dos reféns.

Fonte O Globo

O Gabinete do premier afirmou que a aprovação pelo organismo de segurança foi concluída “após examinar todos os aspectos diplomáticos, de segurança e humanitários” do acordo. A conclusão do órgão, ainda segundo a equipe de Netanyahu, foi de que o acordo “favorece a realização dos objetivos da guerra”.

‘Passo vital’

A primeira aprovação provocou reações diversas dentro do espectro político israelense. O presidente Isaac Herzog acolheu a decisão do Gabinete de Segurança como “um passo vital” e disse que esperava que o governo “faça o mesmo em breve”. Em sentido oposto, o ministro da Segurança Interna, Itamar Ben-Gvir, fez um último apelo para que os membros do Gabinete de Governo votassem contra o acordo — principal representante da ala mais radical da coalizão de Netanyahu, Ben-Gvir afirma que a troca aprovada irá devolver “terroristas” ao território palestino, e ameaçou deixar o governo caso os termos fossem aprovados.

Fonte EXTRA

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