Militares queriam envenenar Lula, Alckmin e Moraes 

Monitoraram passos de autoridades

Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo

PF prendeu quatro militares da reserva e um policial federal em operação que investiga plano para matar Lula, Alckmin e Moraes em 2022.

A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira, 19 de novembro, quatro militares e um policial federal em uma operação que apura um suposto plano dos “kids pretos” do Exército para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro na eleição de 2022. As medidas de hoje foram cumpridas como parte do inquérito que apura se houve uma tentativa de golpe de Estado após o resultado da eleição.

A operação mira os “kids pretos”, formado por militares das Forças Especiais. Ao todo, foram expedidos cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e 15 medidas como a proibição de contato entre os investigados, a entrega de passaportes em 24 horas e a suspensão do exercício de funções públicas. A operação tem como alvos militares, um deles hoje assessor do deputado Eduardo Pazuello (PL-RJ), e um policial federal.

Um dos alvos é o general da reserva Mário Fernandes, que foi secretário-executivo, segundo posto mais importante, da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro e hoje é assessor no gabinete de Pazuello, ex-ministro da Saúde. Ele chegou a assumir o cargo de ministro interinamente.

Outros alvos são os militares Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira, Rodrigo Bezerra de Azevedo, integrantes dos “Kids pretos”, e o policial federal Wladimir Matos Soares, policial federal.

Fernandes fazia parte do grupo de elite do Exército. A PF investiga mensagens que ele enviou ao então comandante do Exército, general Freire Gomes, pedindo adesão ao plano golpista, o que foi rechaçado por Freire Gomes.

Ele já havia sido alvo de mandado de busca e apreensão na Operação Tempus Veritatis, deflagrada em fevereiro. Fernandes estava na reunião gravada em vídeo em que o então presidente Bolsonaro instruía os seus ministros a agirem contra o sistema eleitoral brasileiro. Na delação firmada com a Polícia Federal e homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-ajudante de ordens Mauro Cid define o general Mário, seu nome de guerra, como um dos militares mais radicais do núcleo golpista e defensor “incisivo” de um golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder.

A investigação, segundo a PF, indica que os kid pretos utilizaram conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas durante os meses de novembro e dezembro de 2022.

A PF aponta ainda que foi identificado um plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que previa, para o dia 15 de dezembro de 2022, o homicídio dos candidatos eleitos à Presidência e Vice-Presidência da República. Além disso, a ação incluía a prisão e execução do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que estava sendo monitorado como parte da trama golpista.

O plano golpista também previa a criação de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise”, que seria integrado pelos próprios envolvidos, para gerir os conflitos decorrentes das operações.

O cumprimento dos mandados contou com o acompanhamento do Exército Brasileiro e ocorreu nos estados do Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e no Distrito Federal.

A PF apura se os envolvidos no esquema praticaram os crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

Fonte O Globo

Reprodução Google

Presos nesta manhã faziam a segurança de autoridades no G20

Integrantes das forças especiais estavam em missão de proteção de líderes mundiais durante evento internacional; prisões ocorreram por ordem do STF.

Os militares integravam a missão de segurança do G20, evento que reúne líderes das principais economias do mundo e está acontecendo no Rio de Janeiro. A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Os presos, identificados como o general de brigada Mário Fernandes (na reserva), o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo e o major Rafael Martins de Oliveira, desempenhavam papéis estratégicos na segurança de autoridades internacionais durante o evento. Além deles, Wladimir Matos Soares, policial federal, também foi detido. As prisões foram cumpridas antes das 6h50 desta manhã, segundo apuração da GloboNews.

A ação policial, batizada de “Contragolpe”, investiga a atuação de uma organização criminosa acusada de planejar um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e restringir a atuação do Judiciário. Entre as revelações mais alarmantes está o plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que previa o assassinato de Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin em 15 de dezembro de 2022, além da execução de um ministro do STF. Investigações apontam que o ministro Alexandre de Moraes seria o principal alvo.

De acordo com a Polícia Federal, o grupo vinha realizando monitoramento constante das autoridades e elaborou um “detalhado planejamento operacional”. As ações incluíam ainda a prisão e a execução de outras figuras políticas, caso o golpe fosse consumado.

Fonte Brasil 247

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *