Dia do Combate ao Fumo: Os benefícios de quem para de fumar

Médicos listam principais benefícios

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Médicos listam os principais benefícios para a saúde e alguns passos para largar o cigarro.

Entre os quase 1,25 bilhão de fumantes no mundo inteiro, o Brasil vem se destacando pela queda significante no número de usuários, segundo dados do jornal científico britânico “The Lancet”. Ainda assim, 12,6% da população adulta brasileira é fumante.

Por isso, o Dia do Combate ao Fumo, celebrado nesta quinta-feira, 29 de agosto, tem como objetivo conscientizar a população sobre os efeitos prejudiciais para a saúde e reforçar programas que visam a redução do consumo de qualquer tipo de cigarro, incluindo dispositivos eletrônicos.

Entre as dicas que podem te ajudar estão: evitar situações que podem ser facilmente associadas ao uso do cigarro, tenha sempre algum lanche saudável por perto para enfrentar a vontade de fumar, inclua uma rotina de exercícios e avise as pessoas ao seu redor sobre seu processo para que elas te incentivem.

O editor do site conexaoregional.com é ex-fumante há 7 anos, veja algumas dicas dele para parar de fumar: “O principal é ter vontade de parar, sem ela, fica mais difícil, mas tente, tenha força de vontade! Vamos lá com as dicas; Beber muita água, comer frutas, maçãs ajudam a saciar a vontade e ainda limpam os pulmões. Se não tiver problema para engordar, e parar é o principal objetivo, quando bater o desespero coma doces, se conseguir light, melhor ainda. Substituir o cigarro por outras coisas que te dê prazer, tipo, se gosta de chocolate, quando der vontade, se deliciei comendo-o. Evitar no início beber café, bebidas alcoólicas e a companhia de fumantes, também ajuda muito, dizem os especialistas. No meu caso, como eu desejava, mais que tudo, parar de fumar, não precisei seguir essas última dicas, graças a Deus. E o principal, fé, muita mesmo!”

Válvula de escape?

Esta é, provavelmente, uma das maiores justificativas para o uso do cigarro. A psiquiatra Nina Ferreira explica que a droga “gera prazer imediato e intenso” e funciona tanto como um reforço positivo, como uma “estratégia de não enfrentamento de problemas”, ou seja, parte de duas ideias: “tive um dia ruim, mereço um cigarro” ou “tive um dia ótimo, mereço um cigarro”.

“O cigarro tem altas taxas de dependência química por causa da nicotina, que é muito prazerosa para o cérebro. Então, chega um momento em que já não é mais uma escolha, mas uma necessidade fisiológica daquele cérebro que já se modificou na presença frequente desta substância. Portanto, a pessoa começa a sofrer uma fissura, necessidade de uso e abstinência quando não usa”, detalha a psiquiatra. Ela também afirma que o cigarro ganha força entre os jovens pela necessidade de pertencer a um grupo, por acreditarem que a droga os faz parecerem descolados. Foi neste cenário, inclusive, que a psicóloga Adriana Russo, de 42 anos, conta ter “entrado na onda” dos seus colegas “para fazer parte do grupo”.

Segundo um levantamento da Sociedade Americana do Câncer, as propagandas de tabaco e a forma como ele foi apresentado no cinema também influenciam as pessoas verem o ato de fumar como algo “excitante, glamuroso e seguro”.

“Uma influência mais recente no uso do tabaco é o cigarro eletrônico e outros dispositivos de ‘vaping’. Muitas vezes vistos, erradamente, como inofensivos, mais fáceis de obter e utilizar do que os produtos tradicionais com tabaco, eles são uma forma de os novos utilizadores aprenderem a inalar e tornarem-se viciados em nicotina”, alerta o estudo.

Tristeza, irritabilidade, insônia, falta de concentração ou ganho de peso também estão listados como outros motivos que desencadeiam o vício em nicotina. Mas, por outro lado, o que leva as pessoas a largarem o cigarro? A pergunta foi feita pela Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos a 3 mil entrevistados:

  • 43,2% citaram o atual estado de saúde como razão para largar o cigarro;
  • 31,9% abandonaram o vício como forma de prevenir possíveis problemas de saúde;
  • 6,3% pararam por causa da gravidez ou nascimento do filho;
  • 4% por imposição de seus parceiros ou familiares;
  • 3% devido ao alto preço.
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Os benefícios

Este texto poderia conter uma lista infindável com as vantagens de abandonar o tabaco, mas aqui vão as principais: além de diminuir as chances de desenvolver um câncer de pulmão, aumenta disposição física, melhora o desempenho sexual, a saúde bucal, a qualidade respiratória e do sono.

A pele também apresenta mudanças drásticas ao longo do tempo, evitando o surgimento de machas, diminuindo as chances de envelhecimento precoce, acne, poros dilatados e perda de colágeno. Quanto à saúde mental, a médica Nina Ferreira afirma que a pessoa só tem a ganhar abandonando o cigarro, já que o cérebro não funciona em sua potência máxima na presença da nicotina. E os benefícios se estendem aos fumantes passivos, como são chamadas as pessoas que convivem com os usuários.

“A nicotina aumenta os riscos de transtorno de ansiedade, humor e depressão, desregula a capacidade de atenção e a capacidade da memória. Com a manutenção da abstinência, as melhoras da saúde mental são progressivas.”

Adriana também afirma ter percebido a melhora do seu fôlego e disposição física e que se livrou das tosses frequentes que a incomodavam. Apesar do ganho de peso, que muitos ex-fumantes relatam sofrer, a psicóloga afirma estar “contente por ter se livrado do vício”.

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Fonte g1

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