A pedido dele, Silvio Santos, seu corpo não terá velório
Ele era judeu, entenda o que diz a tradição judaica
Filho de imigrantes judeus vindos do antigo Império Otomano, empresário morreu neste sábado, 17 de agosto, aos 93 anos.
Entre os seus últimos pedidos, Silvio Santos não queria um velório. O apresentador e empresário, morto neste sábado, 17 de agosto, aos 93 anos, queria que seu corpo fosse logo levado para o cemitério e que a cerimônia de despedida fosse restrita à família e a amigos próximos. Todos os ritos de despedida serão feitos de acordo com a tradição judaica, religião do empresário. Sua ideia, segundo comunicado divulgado pelas filhas, era ser lembrado com alegria.
Segundo o Judaísmo, logo que um judeu morre são feitos os cuidados com o corpo. Como explica a Chevra Kadisha, a associação do cemitério israelita de São Paulo, o corpo primeiro é lavado, depois envolto em uma mortalha branca e simples, a Tach’richim. O corpo é colocado no caixão fechado porque a tradição considera um desrespeito ao morto que seu corpo seja exibido.
É recomendado que o sepultamento seja feito o mais rápido possível depois que a pessoa morreu. O judaísmo entende que enquanto o corpo não for enterrado, a alma ainda não está em repouso. A tradição também pede que não seja feito enterros aos sábados, por ser o dia de descanso, o sabbath, período que vai do pôr do sol de sexta-feira ao pôr do sol de sábado.
No ritual fúnebre judaico há a leitura de trechos da Torá, o livro sagrado do Judaísmo, e palavras do rabino e de pessoas queridas e próximas ao morto. No enterro, os presentes ajudam, um de cada vez, a cobrir o caixão com terra.
Silvio Santos morreu na madrugada deste sábado (17), aos 93 anos, em consequência de uma broncopneumonia após uma infecção por Influenza (H1N1), de acordo com o boletim médico do hospital Albert Einstein, onde o apresentador estava internado. Ele deixa a mulher, Íris Abravanel, seis filhas, 14 netos e quatro bisnetos.
Fonte O Globo