Chuvas continuam no Rio de Janeiro?

Já são 11 mortos devido as chuvas.

As chuvas estão provocando sérios transtornos na cidade e no estado do Rio desde a madrugada deste domingo. 

O Corpo de Bombeiros confirmou 11 mortes até o momento na Zona Norte da capital e na Baixada Fluminense. Algumas vítimas ainda não foram identificadas. Ainda há uma pessoa desaparecida em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Em razão dos impactos e danos provocados pelas chuvas, o prefeito Eduardo Paes decretou situação de emergência no município do Rio. Mais tarde, o mesmo aconteceu em Nova Iguaçu e em Duque de Caxias.

A Avenida Brasil, que chegou a ser totalmente interditava durante a madrugada, já foi totalmente liberada. Pela manhã, agentes da prefeitura chegaram a fechar a pista central, no sentido centro, para fazer o escoamento da água. O subsolo do Hospital Ronaldo Gazolla, em Acari, também está alagado. Já o metrô funciona parcialmente na Linha 2, por conta do transbordamento do Rio Acari.

Em Ricardo de Albuquerque, na Zona Norte do Rio, foram usados cães farejadores nas buscas pelo homem encontrado morto, soterrado num deslizamento de terra na Rua Moraes Pinheiro. Próximo dali, em Acari, segundo os bombeiros, uma senhora foi achada morta dentro de casa na Rua Matura, provavelmente vítima de afogamento. Na Baixada, uma mulher foi encontrada sem vida na Rua General Rondon, em Nova Iguaçu, vítima de afogamento. E, em São João de Meriti, um homem foi a óbito na Rua Neuza ao ser atingido por uma descarga elétrica.

Reprodução Extra

Mortos nas chuvas do Rio:

  • 1 mulher – Rua Maturá, em Acari (vítima de afogamento)
  • 1 homem – Rua Moraes Pinheiro, em Ricardo de Albuquerque (vítima de soterramento)
  • 1 mulher – Rua General Rondon, em Nova Iguaçu (vítima de afogamento)
  • 1 homem – Rua Neuza, em São João de Meriti (vítima de uma descarga elétrica)
  • 1 homem – Rua Pinto Duarte, em São João de Meriti (vítima de afogamento)
  • 1 homem – Passarela da Bernardino de Melo, em Comendador Soares (vítima de afogamento)
  • 1 homem – Rua Parecis, em Belford Roxo (vítima de afogamento)
  • 1 homem – Rua Marques de Paranaguá, em Duque de Caxias (vítima de uma decarga elétrica)
  • 1 homem – Rua Patricia Cristina, em Nova Iguaçu (vítima não teve a causa da morte divulgada)
  • 1 mulher – Estr. de Botafogo (vítima de deslizamento)
  • 1 homem – Rua Dona Alice Viterbo, Duque de Caxias (vítima de descarga elétrica)

O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Leandro Monteiro, visita, na tarde deste domingo, visitando os municípios mais atingidos da Baixada Fluminense e os bairros mais afetados na capital. Na Pavuna, se reúne com o prefeito Eduardo Paes.

Em Ricardo de Albuquerque, foram usados cães farejadores nas buscas pelo homem encontrado morto, soterrado num deslizamento de terra na Rua Moraes Pinheiro. O Centro de Operações da prefeitura informa que o município entrou no estágio 4 (quarto nível numa escala de 5) às 02h45, devido aos elevados pluviométricos acumulados em 24 horas. Além disso, diversas ocorrências estão em andamento e provocam impactos na rotina da cidade, principalmente na Zona Norte.

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Em Niterói, a prefeitura informa que foi atingido o recorde histórico de chuvas em uma hora: 120,2 milímetros. Na Rua Cinco de Julho, em Icaraí, garagens foram inundadas e prédios ficaram sem energia e elevadores.

Já em Rocha Miranda, na Zona Norte, o pátio do 9º BPM ficou inundado. O Centro de Operações da prefeitura informa que o município entrou no estágio 4 (quarto nível numa escala de 5) às 02h45, devido aos elevados pluviométricos acumulados em 24 horas. Além disso, diversas ocorrências estão em andamento e provocam impactos na rotina da cidade, principalmente na Zona Norte.

Ocorrências por município:

  • Belford Roxo – 79
  • Nova Iguaçu – 45
  • Mesquita – 12
  • Nilópolis – 7
  • São João de Meriti – 4
  • Duque de Caxias – 1
  • Seropédica – 2
  • Capital – 118 ocorrências

Em Acari, o temporal atingiu a rede elétrica e deixou o Hospital Ronaldo Gazolla seis horas sem energia e inundou o subsolo. A clínica da família, consultórios e estacionamentos foram fechados por conta do alagamento. O secretário de Saúde do Rio, Daniel Soranz, esteve na unidade hospitalar pela manhã deste domingo acompanhando o trabalho de rescaldo. Agentes da prefeitura e garis trabalharam durante a madrugada para escoar a água.

Em suas redes sociais no início da manhã, o prefeito Eduardo Paes pede que as pessoas evitem passar pela Avenida Brasil e que a prefeitura tentava restabelecer a energia no Hospital Ronaldo Gazolla. Segundo o monitoramento do município, algumas regiões da cidade registraram acumulados de chuva acima dos 200mm nas últimas 24 horas. Veja os bairros com os maiores volumes:

  • Anchieta – 264,4mm
  • Irajá – 213,6mm
  • Madureira – 187,2mm

O governador Cláudio Castro afirmou que está em contato com os prefeitos fluminenses, acompanhando a situação dos municípios para atender cada demanda e agilizar a atuação das secretarias. Na área assistencial, por exemplo, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, já está montando dentro do Restaurante do Povo de Duque de Caxias um centro de preparo e distribuição de refeições que serão entregues para abrigos nas cidades afetadas pela chuva.

A pasta atua junto às prefeituras para poder disponibilizar o Cartão Recomeçar para desabrigados. O governador também determinou à Secretaria de Saúde o reforço nas equipes dos hospitais estaduais.

— Reafirmo nosso compromisso em dar total suporte às prefeituras fluminenses, e atender cada demanda para apoiar a população. Todo o Governo do Estado está mobilizado nessa força-tarefa com ajuda humanitária e com o envio de equipamentos, como retroescavadeiras, por exemplo. E as equipes das secretarias também estão em contato contínuo com os municípios. Nossa atuação é permanente – declarou Cláudio Castro.

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Pontos de alagamento

Nas últimas horas foram registrados pontos de alagamentos na Vila Maria Helena, Xerém (Beira Rio), Pilar, Amapá, Campos Elíseos, Figueira, Santa Cruz da Serra e Vila Urussai, Lagunas e Dourados, que são regiões localizadas próximas a rios e canais, cujo escoamento das águas está sendo prejudicado pela maré alta.

A Defesa Civil também acionou 14 das 18 sirenes nos quatro distritos que alertam a população para os riscos de desabamentos e alagamentos. Com o apoio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, o município instalou pontos de apoios nas áreas mais afetadas para o atendimento à população.

Em Nova Iguaçu, a prefeitura montou um gabinete de gerenciamento de crise, com a participação de várias secretarias e órgãos públicos, para analisar os impactos provocados pela chuva até que a cidade volte à normalidade. O município segue em alerta máximo. A Secretaria Municipal de Defesa Civil (SMDC)informou que foram registrados 235mm de chuva em 14 horas, entre 18h30 e 8h30, o maior volume registrado na cidade desde o início das medições dos índices pluviométricos, em 2008.

A quantidade de chuva nessas 14 horas representou 77% da média histórica do mês de janeiro, de 305,8mm. Em 24 horas, entre 8h45m de sábado e 8h45m de domingo, foram 237mm. O bairro Moquetá foi o mais atingido, com 57mm de chuva em apenas uma hora. Uma mulher está desaparecida após a queda de um veículo no Rio Botas, no trecho entre Nova Iguaçu e Belford Roxo. Equipes do Corpo de Bombeiros fazem buscas na cidade vizinha.

O Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden-RJ) está acompanhando as condições meteorológicas e os níveis pluviométricos em todo o território fluminense, enviando alerta para os municípios quando necessário.

O risco hidrológico é alto ou muito alto na capital, nas Regiões Metropolitana, Serrana, Sul, Noroeste, Costa Verde e na Baixada Fluminense, com propensão a alagamentos e inundações. No restante do Estado, o risco é baixo a moderado.

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O risco geológico é alto ou muito alto na capital, nas Regiões Metropolitana, Serrana, Sul, Costa Verde e na Baixada Fluminense, com possibilidade de deslizamentos de terra.

Veja previsão do tempo no Rio de Janeiro

Segundo o Alerta Rio, neste domingo uma frente estacionária no oceano ainda influencia o tempo no município do Rio. Assim, o céu estará predominantemente nublado e há previsão de chuva fraca a qualquer momento, podendo ser moderada no período da manhã. Os ventos estarão fracos a moderados e as temperaturas permanecerão estáveis, com mínima de 23°C e máxima de 31ºC.

Não há previsão de chuva entre a segunda-feira e a quarta-feira. As temperaturas voltam a subir e haverá redução de nebulosidade sobre a cidade. A temperatura mínima pode variar de 19º a 21º, enquanto a máxima prevista é de 38º.

Na quinta-feira, dia 18, o tempo no Rio muda novamente. Segundo o Alerta Rio, áreas de instabilidade, reforçadas pelo calor, influenciarão o tempo na cidade. A previsão é de pancadas isoladas de chuva moderada a forte à tarde e noite. A temperatura mínima é de 23º e a máxima de 32º.

Fonte Extra

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