Azeite de Oliva: Veja como escolher e conservar o produto

Entenda por que oxigênio, luz e calor são inimigos do alimento. 

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Você pode já ter visto nas redes sociais que a cor da tampa do azeite indica para o que ele serve. Como, por exemplo, que os de tampa vermelha podem ser usados em altas temperaturas.

Contudo, isso é um mito. Na legislação brasileira não há esse tipo de definição, informa o Ministério da Agricultura e Pecuária.

O que acontece é que algumas empresas que comercializam azeite diferenciam as suas linhas pela cor da tampa, mas isso não vale para todas as marcas.

Então, uma mesma cor pode significar algo para uma envasadora e, para outra, ser apenas uma embalagem bonita, informa Ana Beloto, azeitóloga e considerada a 6° mulher mais poderosa do agro pelo ranking da revista Forbes.

Mas existem dicas que você pode adotar para escolher o melhor azeite, veja a seguir:

Extravirgem, virgem ou único

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  • Extravirgem: é o tipo de azeite de maior qualidade, produzido a partir de azeitonas em ótimo estado, com acidez menor que 0,8%. Nas análises sensoriais, predominam atributos positivos de frutado, amargo e picante. Tem ausência de defeitos;
  • Virgem: é um azeite de qualidade intermediária, que também provém de extração de frutos de qualidade, mas com algum estágio de oxidação e com acidez menor que 2%. Nas análises sensoriais, aparecem defeitos, mas sem muita intensidade;
  • Tipo Único: é derivado da mistura do azeite de oliva refinado, ou seja, que foi alterado quimicamente para eliminar impurezas e ser destinado ao consumo humano. Ele é mais neutro, ideal para cocção.

Suco de azeitona

Depois de escolher o tipo de azeite que você prefere, é preciso se atentar também à data de envase e de validade.

Quanto mais recente o envase, melhor. Isso porque a palavra azeite, em sua origem árabe, significa “suco de azeitona”, explica Ana. Portanto, é importante ter o máximo de frescor.

3 inimigos do azeite

O azeite tem três inimigos que o fazem estragar rapidamente: a luz, o oxigênio e o calor. Por isso, o local ideal para guardar o produto em casa deve ser escuro, sem fontes de calor (como churrasqueira ou fogão) e com a tampa bem fechada, explica a azeitóloga.

Por causa da influência da luz, as embalagens dos azeites costumam ser vidros escuros, isolando, assim, o contato com a claridade. Também existe o produto em lata.

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Se o seu azeite não for guardado bem fechado, ele oxida em contato com o ar. Isso o faz perder algumas propriedades, principalmente aroma e sabor: “É realmente algo que vai caracterizar sabores mais de ranço, de fermentado ou até mofo”, aponta Ana.

Assim, o ideal é evitar usar as azeiteiras e manter o alimento na embalagem do produto ao armazenar em casa, uma vez que as azeiteiras costumam ter um bocal que permite a entrada constante de ar.

Caso o consumidor realmente goste desse tipo de recipiente por uma questão estética, a dica da especialista é utilizar a quantidade para 2 a 3 refeições. Assim, sempre terá um azeite conservado na embalagem original.

Após aberto, o azeite deve ser consumido entre 30 e 60 dias.

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