Minirreforma eleitoral deve ser votada por grupo técnico da Câmara hoje, 11

Texto também flexibiliza cota feminina e autoriza doação de campanha por Pix.

Foto Gabriela Biló

A minirreforma eleitoral deve ser votada nesta segunda-feira,11 de setembro, pelo grupo técnico que discute o tema. O deputado Rubens Pereira (PT-MA), relator da proposta, planeja apresentar o texto aos líderes partidários ainda hoje e votar a tramitação em regime de urgência nesta terça-feira, 12 de setembro, para que o mérito da matéria seja analisado ainda nesta semana. A pressa ocorre porque os deputados querem que as mudanças já passem a valer durante as eleições municipais de 2024. Para isso, precisam ser aprovadas na Câmara e no Senado até 6 de outubro, um ano antes do pleito eleitoral. 

“O objetivo é simplificar, procurar os pontos consensuais e avançar bastante, modernizando nosso sistema eleitoral”, afirmou Pereira após uma reunião fechada com o grupo de trabalho, na quarta-feira (6), quando os parlamentares decidiram adiar a votação para esta semana. 

A falta de consenso em determinados pontos fez com que o relator apresentasse duas propostas: uma mais extensa e com os pontos convergentes, na forma de projeto de lei, e outra mais polêmica, que trata basicamente das regras de inelegibilidade, que vieram na forma de um projeto de lei complementar. 

Foto Vinicius Loures

As duas matérias devem ser votadas nesta segunda-feira, 11 de setembro,, mas caberá ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidir se ambas vão caminhar na mesma velocidade. O acordo informal está focado no projeto de lei que altera três leis para “disciplinar a distribuição das sobras eleitorais nas eleições proporcionais, alterar o prazo das convenções partidárias e do registro de candidatos e simplificar a prestação de contas dos partidos e candidatos”, como descreve o texto. 

Na prática, as mudanças podem afrouxar regras de prestação de contas dos partidos políticos. A apresentação parcial dos dados, por exemplo, se torna uma etapa de caráter apenas informativo. O projeto dispensa a apresentação de certidões judiciais de “nada consta” pelos candidatos, documento que pode revelar processos judiciais aos quais o político responde. A punição por descumprimento das cotas de gênero também fica menos rigorosa, sob a justificativa de não penalizar mulheres eleitas. 

A antecipação do período de registro de candidaturas, o detalhamento dos crimes de violência política contra a mulher e a distribuição das sobras eleitorais foram pontos debatidos no grupo e mantidos no texto final do projeto. 

Fonte R7

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