4 em cada 10 brasileiros já foram alvo de tentativas de golpe via PIX, aponta pesquisa. Veja os mais frequentes

Pix é o pagamento instantâneo brasileiro. O meio de pagamento criado pelo Banco Central (BC) em que os recursos são transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia. É prático, rápido e seguro.

Consolidado como o meio de pagamento mais usado pelos brasileiros, o PIX facilitou o dia a dia das transações financeiras, mas segue sendo alvo da atuação de criminosos. Uma pesquisa aponta que 1,7 milhão de golpes financeiros foram registrados em 2022 envolvendo o sistema de pagamentos instantâneos, e que quatro a cada 10 brasileiros já foram vítimas de alguma tentativa.

Os dados são de um estudo da empresa de proteção financeira digital Siverguard. A pesquisa ouviu quase 2 mil pessoas e cruzou os relatos com dados do Banco Central e do serviço SOS Golpe.

– A facilidade e rapidez do Pix trouxeram ganhos para o cotidiano da população, mas a falta de letramento em segurança digital gerou um aumento no número de golpes – analisa Márcia Netto, CEO da companhia.

Idosos são alvo

O levantamento ainda traçou os golpes mais frequentes envolvendo o PIX, que variam de acordo com a idade da vítima ou o nível de prejuízo financeiro. Para aqueles que tiram mais de R$ 5 mil da vítima, a modalidade mais frequente é o golpe da central telefônica, enquanto os que mais atingem os idosos é o do falso parente pedindo dinheiro. Já os jovens, entre 18 e 29 anos, são mais suscetíveis às falsas (e tentadoras) ofertas de investimentos com alto retorno financeiro.

O estudo também destaca que a média de prejuízo é de R$ 3 mil, mas brasileiros com mais de 60 anos são os que sofrem mais: R$ 5.400 por golpe, ou seja, cifra quase oito vezes maior do que o prejuízo entre jovens de 18 a 29 anos (R$ 680).

Pix é o pagamento instantâneo brasileiro. O meio de pagamento criado pelo Banco Central (BC) em que os recursos são transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia. É prático, rápido e seguro.

– Embora exista uma percepção de que apenas os mais velhos caem em golpes, pessoas de todas as idades são vítimas de golpistas. Mas os golpes costumam ser mais cruéis com os mais velhos, já que muitos estão aposentados e não têm como reconstruir o patrimônio acumulado durante uma vida inteira – afirma Márcia.

Para reaver: ‘corrida contra o tempo’

Outra conclusão da pesquisa é que, em geral, nove de cada 10 vítimas de golpe não consegue reaver os valores, e um terço nem tenta. No entanto, quanto maior o prejuízo, maior o esforço em tentar, e também a taxa de sucesso.

Márcia ainda chama atenção para o desconhecimento do que fazer após sofrer um golpe, o que diminui as chances de ter o dinheiro de volta:

– O correto é solicitar o Mecanismo Especial de Devolução do Pix (MED) via telefone ou aplicativo móvel (do banco). Esse número é ainda maior nas vítimas com mais de 60 anos: 40% dos que sofreram golpe e que têm 60 anos ou mais preferiram ir à agência física em vez de falar com o atendimento telefônico ou digital da sua instituição financeira – explica: – O acionamento do MED é uma corrida contra o tempo, por isso, saber e seguir o passo a passo correto do procedimento aumentam as chances de ter o dinheiro de volta.

Conheça os golpes mais frequentes

  1. Golpe do falso parente, caracterizado pelo golpista se passando por um familiar ou amigo, pedindo dinheiro ou solicitando o pagamento de uma conta.
  2. Golpe do produto ou da loja falsa, caracterizado pela compra de produto e/ou serviço em uma loja falsa; a compra nunca é entregue.
  3. Golpe da falsa central/gerente do banco, caracterizado pelo golpista se passando por um profissional de uma central de atendimento/gerente do banco pedindo para reverter um falso Pix.
  4. Golpe da rede social hackeada, caracterizado pela compra de produto de um conhecido que teve sua rede social ‘hackeada/clonada’.
  5. Golpe do falso investimento, caracterizado por uma oportunidade falsa de multiplicar/investir dinheiro.

Fonte EXTRA

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