Inteligência Artificial põe Elis Regina e Maria Rita cantando lado a lado em comercial

O vídeo comemora os 70 anos da Volkswagen no Brasil.

Foto: Divulgação Volkswagen

A inteligência artificial conseguiu unir a cantora Elis Regina, morta há 41 anos, e a filha dela, Maria Rita, cantando e sorrindo lado a lado. Com duração de dois minutos, a campanha da Volkswagen foi lançada na madrugada desta terça-feira (dia 4) para comemorar os 70 anos da empresa no Brasil.

A Volkswagen informou que usou uma tecnologia de inteligência artificial, chamada “deepfake”, para trazer imagens Elis Regina para a campanha. A técnica permite criar cenários realistas com o rosto de pessoas.

O vídeo começa com Maria Rita conduzindo uma ID.Buzz – versão moderna da antiga Kombi – enquanto canta o clássico de Belchior “Como nossos pais”, que fez sucesso na voz de Elis na década de 1970. Depois imagens de modelos icônicos como Fusca cinza, em uma praia, com uma mulher acenando. O vídeo segue com imagens do passar do tempo, como passageiros fazendo uma viagem e consultando um mapa, e uma mulher no momento em que está amamentando seu filho. A antiga Brasília amarela também aparece no filme.

– Quem não gostaria de rever Elis Regina? Imagine um encontro dela com sua filha. No caso em específico, a propaganda emociona, traz o passado para o presente e ativa memória emotiva relacionando-a com a marca. É uma nova fronteira que está sendo explorada através da Inteligência Artificial, cada vez mais veremos, artistas que já faleceram sendo apresentados em comerciais – afirma Daniel Marques, presidente da Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs (AB2L).

Até que surge uma Kombi antiga, conduzida por Elis Regina, que encosta ao lado do modelo novo da Kombi de Maria Rita para compor o dueto. Elis canta e olha pela janela, como se estivesse sorrindo para a filha, que também sorri. No final, com os dois veículos lado a lado, mãe e filha cantam , como se estivessem realmente juntas.

Tecnologia

Foto: Divulgação

De acordo com a montadora, para que Elis aparecesse no vídeo, uma atriz dublê foi usada para se passar pela cantora dirigindo o veículo. Depois, imagens da artista cantando foi isnerido, por meio de uma tecnologia de reconhecimento facial.

Segundo a Volkswagen, o processo de edição contou com a ajuda de uma tecnologia de redes neurais artificiais, que fez uma mistura entre o rosto da dublê e da imagem recriada de Elis Regina. A voz da música inserida no vídeo é original da cantora.

Para Amanda Marques, CMO da Lumx Studios, ressalta que este tipo de ferramenta oferece uma experiência única. Mas destaca que sua utilização em larga escala deve observar o direito à privacidade e direitos de imagens:

– Em um contexto publicitário, como o desta campanha da Volkswagen, é uma ferramenta poderosa, pois permite criar uma experiência única e emocionalmente significativa, como a de unir mãe e filha em um dueto, mesmo após a morte de uma delas. No entanto, é importante destacar que a utilização de deepfakes tem implicações éticas e morais. O uso de imagens de pessoas, especialmente daquelas que não podem dar seu consentimento, levanta questões sobre privacidade e direitos de imagem – observa Amanda.

– Em um contexto publicitário, como o desta campanha da Volkswagen, é uma ferramenta poderosa, pois permite criar uma experiência única e emocionalmente significativa, como a de unir mãe e filha em um dueto, mesmo após a morte de uma delas. No entanto, é importante destacar que a utilização de deepfakes tem implicações éticas e morais. O uso de imagens de pessoas, especialmente daquelas que não podem dar seu consentimento, levanta questões sobre privacidade e direitos de imagem – observa Amanda.

Fonte: EXTRA

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