Veja detalhes das joias de luxo que governo Bolsonaro tentou ilegalmente entrar no Brasil
Colar, brincos, relógio e anel: veja imagens das joias.
Uma caixa de couro, revestida de veludo, guarda um colar de ouro branco com dezenas de pingentes, todos cravejados em diamantes. Um par de brincos, um anel e um relógio de pulso, todos feitos em ouro e pedras preciosas, compõem o conjunto. Dentro da caixa está gravado o nome de uma joalheria suíça, uma das mais luxuosas do mundo: CHOPARD.
Avaliados em R$ 16,5 milhões, itens estão guardados em depósito que fica em uma área de segurança fortemente vigiada do Aeroporto Internacional de São Paulo. Jornal Nacional teve acesso ao local com exclusividade.
O Jornal Nacional teve acesso, com exclusividade, ao depósito do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, onde estão as joias, que o governo do ex-presidente Bolsonaro tentou trazer ilegalmente ao Brasil em 2021. Os itens de luxo foram apreendidos pela Receita Federal com integrantes do então governo, em outubro daquele ano. A reportagem é de Bruno Tavares, Patrícia Marques e Jorge dos Santos foi divulgada na quinta-feira,9 de março, clique aqui: para assistir: https://globoplay.globo.com/v/11435033/
O depósito fica em uma área de segurança do aeroporto fortemente vigiada 24h por dia e com acesso restrito. Dentro de um pequeno envelope fica a chave que abre e fecha a caixa.
Entenda o caso
Em outubro de 2021, o governo da Arábia Saudita deu um conjunto de joias a uma comitiva do governo do ex-presidente jair Bolsonaro com relógio, caneta, abotoaduras, anel e um tipo de rosário, todos da marca suíça de diamantes Chopard. Os itens estavam divididos em dois pacotes:
- Um dos pacotes, que continha um relógio, escapou da fiscalização da Receita Federal e, segundo o que tem dito o tenente-coronel Mauro Cid a interlocutores, como revelado pelo blog da Andréia Sadi, teria sido catalogado e embalado na mudança como um bem de Bolsonaro. No entanto, Mauro Cid, que é ex auxiliar de Bolsonaro, não sabe explicar a esses interlocutores por que esse presente só foi declarado à União um ano após a entrada no Brasil e sem comunicação ao Fisco. O auxiliar também não explica, de acordo com o blog, como um presente para o Estado teria sido levado pelo ex-presidente como item pessoal, já que a lei só permite itens personalíssimos no acervo privado.
- O outro pacote, que era trazido na mochila de um assessor do Ministério de Minas e Energia, ficou retido no Aeroporto de Guarulhos, já que o governo não declarou as joias como um presente de estado nem pagou os impostos devidos para que os itens pudessem entrar no país como item pessoal.
Veja imagens, detalhes das joias
Clique nas fotos para amplia-las.
Fonte: G1