12 momentos inesquecíveis da alta-costura
Conheça aqui os looks de desfiles que marcaram a história da Alta-costura.
A semana de moda de alta-costura começou na segunda-feira, 23 de janeiro, conheça os looks de desfiles que marcaram a história das Semanas de Moda de Paris.
As peças desfiladas nas semanas de moda de alta-costura em Paris, são aquelas que vão direto para os Tapetes Vermelhos das grandes premiações e encantam fãs de atrizes e cantoras mundialmente famosas. Os modelos exclusivos são feitos a partir dos materiais mais nobres e são desfilados no prestigiado evento desde 1858, quando a Federação da Alta-Costura e da Moda (FHCM) cunhou o termo “alta-costura” para definir as coleções que são o ápice do luxo. Nesse tempo, houve desfiles que fizeram história e, enquanto esperamos por todos os looks do evento que começou ontem, separamos alguns que se tornaram inesquecíveis.
O que é alta-costura ?
Essa moda exclusiva e feita à mão passa pelo crivo da Federação da Alta-Costura e da Moda (FHCM), que revisa os membros do seleto grupo. Para uma marca levar o título de maison (“casa”, em francês), a lista de exigências é longa. Os pré-requisitos para entrar no circuito de alta-costura, determinados pela FHCM ( Federação da Alta Costura de Moda) são: Ter um ateliê em Paris; apresentar uma moda exclusiva e sob medida; peças feitas à mão e com material de alta qualidade; ter no mínimo 20 pessoas trabalhando em cada atelier, entre costureiros, bordadeiras, alfaiates; realizar dois desfiles por ano, em janeiro e em julho; apresentar no mínimo 35 looks por coleção. Alguns dos membros são: Dior, Chanel, Giorgio Armani Privé, Fendi, Valentino, Prada e Givenchy.
Chanel (1983)
O desfile primavera-verão 1983 de alta-costura da Chanel foi a primeira vez com Karl Lagerfeld encarregado da apresentação. O estilista, que será o tema do próximo Met Gala em maio, se concentrou no espírito da marca dos anos 20 e 30.
Saint Laurent (1993)
A coleção outono-inverno da marca trouxe motivos florais, cores pastel, buquês e supermodelos dos anos 90 como Kate Moss, Naomi Campbell e Tyra Banks.
Versace (1995)
A apresentação vibrante da Versace exibiu um outono-inverno com brilho máximo em vestidos mini repletos de strass. Destaque para Kate Moss como noiva brilhante com botas brancas.
Mugler (1995)
Thierry Mugler trouxe um retrato da era da internet com uma moda cult para o outono daquele ano. O desfile com peças tecnológicas e designs cheios de curvas fechou com chave de ouro com nada menos que uma modelo robô.
Jean Paul Gaultier (1999)
Em seu desfile de alta-costura primavera-verão homônimo, o estilista francês Jean Paul Gaultier criou um vestido jeans de patchwork completo com cauda de penas. O visual se destacou entre os looks dourados da coleção e causou frisson ao inovar o código de vestimenta.
Dior (2007)
O diretor criativo John Galliano , conhecido pelas silhuetas exuberantes na Dior, apresentou para a coleção outono-inverno 2007 da marca, vestidos volumosos e bordados. No casting, nomes como Naomi Campbell e Gisele Bündchen estavam presentes.
Giorgio Armani Privé (2014)
Estampas de poá tomaram conta do desfile outono-inverno em looks pretos e vermelhos na alta-costura de Giorgio Armani. Os acessórios de cabeça com véus foram as estrelas da passarela.
Viktor&Rolf (2017)
Cabeças enormes, silhuetas fluidas e padronagens intrigantes compunham o outono-inverno da marca em 2017. A dupla reconhecida por sua alto-custura provocativa e glamour conceitual sempre apresenta peças inusitadas nas semanas de moda desde a primeira coleção de alta-costura primavera-verão de 1998.
Giorgio Armani Privé (2021)
Primeira marca de luxo a cancelar desfiles presenciais em 2020 por conta da pandemia, Giorgio Armani retomou às passarelas em junho de 2021 para a semana de alta-costura outono-inverno 2021/22. Com número reduzido de espectadores, todos de máscara, a apresentação de uma das coleções mais coloridas da marca aconteceu na embaixada italiana em Paris. Elementos da alfaiataria masculina, peças fluidas e muita organza criaram as sete cores do arco-íris da coleção “Shine” [Brilho, em português].
Dior, Valentino e Schiaparelli (2022)
Dior – Maria Grazia Chiuri mais uma vez contemplou a moda através do filtro da arte e, para desenhar a coleção de alta-costura outono-inverno 22/23 da Dior, foi buscar referência na obra da artista ucraniana Olesia Trofymenko, que tem a árvore da vida, símbolo da conexão entre culturas, mitologias e todas as formas de criação, como ponto central. Tons de bege com leves toques de preto ou azul e vestidos adornados com patchwork de tranças marcaram a coleção, que ainda contou com tecidos feitos à mão com texturas irregulares, peças sem bainha e vestidos longos e esvoaçantes que seguem as linhas do corpo.
Valentino – A coleção Anatomy Of Couture (Anatomia da Alta-Costura) da Maison Valentino revisitou diversos shapes, cores, tecidos e texturas. Movido pela urgência de repensar os rituais e processos do luxo, o diretor criativo Pierpaolo Piccioli criou um cânone que reflete a riqueza e diversidade do mundo contemporâneo. Para ele, a ideia de beleza não é absoluta, o que pode ser visto no casting do desfile, com uma variedade de mulheres com diferentes estruturas corporais e idades. O corpo é o ponto inicial e final de todo o processo: as silhuetas seguem as curvas das modelos, a nudez brilha em bainhas extremamente curtas e decotes profundos revelam o torso.
Schiaparelli – O desfile de alta-costura primavera-verão 2022 da Maison Schiaparelli trouxe criações dramáticas. Daniel Roseberry conseguiu encontrar o tom para o momento que o mundo e a indústria da moda vivem em relação à pandemia, que ainda perdura no ar com incertezas para o futuro. Com o típico surrealismo da marca, o desfile trouxe uma perspectiva refrescante para a moda, apresentando apenas três cores: preto, branco e dourado. A coleção de Roseberry retrata o luxo de forma contida – nas roupas de silhuetas mais simples – sem deixar de lado as estruturas superelaboradas que são a marca registrada da grife.
Fonte Marie Claire Brasil