Campista é preso em operação contra atos antidemocráticos
Líder da direita Campos é preso em operação da PF
A Polícia Federal (PF) cumpriu mais um mandado de prisão na tarde desta segunda-feira (16), em Campos. Dessa vez foi preso Carlos Victor de Souza, mais conhecido como CVC, que se apresenta em suas redes sociais como o líder da Associação Direita Campos.
Carlos Carvalho foi candidato a vereador em Campos dos Goytacazes em 2020, pelo Republicanos. Ele teve 2.292 votos, mas não foi eleito. Em sua página no Instagram, ele aparece fazendo o gesto de “arminha” com as mãos, característico dos apoiadores do ex-presidente, e se apresenta como cristão, conservador, anticomunista e conta o aborto.
Hoje (16) pela manhã, o subtenente do Corpo de Bombeiros, Roberto de Souza, de 52 anos, lotado em Guarus, foi preso dentro da própria residência, suspeito de organizar e financiar os atos terroristas no Distrito Federal, no último dia 8 de janeiro. O mesmo foi candidato a deputado federal em 2018 pelo Patriota, partido de base do governo de Jair Bolsonaro (PL).
Em nota, o Corpo de Bombeiros confirmou a prisão e disse que Roberto foi encaminhado ao Grupamento Especial Prisional da corporação.
“O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro repudia veementemente quaisquer atos que ameacem o Estado democrático de Direito. Será instaurado, ainda hoje, um Inquérito Policial Militar para apurar a participação do bombeiro da corporação em ataques contra o patrimônio público”, afirmou o coronel Leandro Monteiro, comandante da corporação.
A PF ainda realiza diligência em busca de um terceiro alvo, considerado foragido. Nas buscas foram apreendidos celulares, computadores e documentos.
Operação Ulysses
A investigação da PF iniciou com o fim de identificar lideranças locais que bloquearam as rodovias que transpassam o município a organização das manifestações vistas em frente aos quartéis do Exército nesta cidade e, por último, a participação dos investigados e de outras lideranças na organização e financiamento dos atos que desencadearam a depredação dos prédios públicos e dos atentados contra as instituições democráticas ocorridas em 08/01/2023.
Durante a investigação, foi possível colher elementos de prova capazes de vincular os investigados na organização e liderança dos eventos. Além disso, com o cumprimento hoje dos mandados judiciais, expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, será possível identificar eventuais outros partícipes/coautores na empreitada criminosa.
Os crimes investigados são os constantes no art. 288 (Associação Criminosa), 359-L (Abolição Violenta do Estado Democrático de Direito) e 286, parágrafo único (Incitação das Forças Armadas contra os poderes institucionais), todos do Código Penal.
Fonte: Ururaru e Folha de São Paulo